A Conmebol anunciou, no início da noite desta terça-feira, a decisão de rejeitar o recurso do Boca Juniors e confirmar a exclusão da equipe da edição 2015 da Copa Libertadores. Assim, o River Plate está classificado para as quartas de final e vai enfrentar o Cruzeiro, nesta quarta-feira, no jogo de ida, em Buenos Aires. Não cabe mais recurso.

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“No dia de hoje, terça-feira, 19 de maio, o Tribunal de Apelações da Conmebol, em relação ao recurso de apelação interposto pelo Boca Juniors na decisão do Tribunal Disciplinar no último 16 de maio de 2015 resolveu negar provimento ao recurso do Boca Juniors. Portanto, confirmar na íntegra a decisão tomada”, informou a Conmebol. O clube deve agora recorrer ao Tribunal Arbitral do Futebol Sul-Americano, com sede em Assunção, órgão independente da Conmebol.

O Boca insistia em jogar os 45 minutos restantes do clássico de quarta-feira passada, interrompido no intervalo após o torcedor Adrián Napolitano (identificado nesta terça-feira) jogar uma mistura caseira de pimenta em jogadores do River. Cinco ficaram feridos.

A punição anunciada na noite de sábado foi considerada branda na Argentina. O clube não teve sequer a Bombonera interditada. Deverá disputar o próximo torneio continental sem público em seu estádio por quatro jogos e não terá seus torcedores quando jogar como visitante, também por quatro partidas. Uma multa de US$ 200 mil foi aplicada. O recurso envolvia também essas sanções.

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CULPADO – Somente nesta terça, a identidade do “Panadero” (“Padeiro”, em português) foi revelada, após análise de imagens da transmissão do canal Fox Sports na Argentina. Foi Adrián Napolitano, auxiliado por diversos cúmplices, o responsável pelo disparo do gás de pimenta no túnel por onde saiam os jogadores do River Plate, que interrompeu o clássico no intervalo e, posteriormente, causou seu cancelamento.

Assustado com a repercussão do caso, o torcedor falou pela primeira vez nesta tarde. “A verdade é que fiz sem me dar conta. Não pensei que teria câmeras. Foi o que eu disse, jamais imaginei que chegaria a tudo isso. Há 25 anos vou ao campo e nunca tive problema. Tenho família, conheço todo mundo, sabem como sou, que gosto da festa na arquibancada. Não pensei que fosse chegar onde chegou, jamais imaginei”, disse, em áudio divulgado pelo canal TyC Sports.

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No vídeo analisado pela Justiça, se observa claramente Adrián, com um casaco amarelo e gorro azul, andando pela tribuna inferior norte e se aproximando do túnel inflável. Após estender a sua mão através do alambrado, ele lança um líquido de coloração laranja.

“Isto fugiu das minhas mãos. Sou um trabalhador, me levanto todos os dias às 4 horas da manhã para trabalhar, nunca conheci uma delegacia. Estou assustado. Não sei o que fazer nem como reagir. Não tive a intenção de fazer o que fiz, quando me dei conta queria morrer. A verdade é que o mundo caiu em cima de mim. Imagina como está minha família… Estou desesperado”, se defendeu o torcedor.