“Caiu no Horto, ‘ta’ morto”. A frase, símbolo da campanha atleticana na Copa Libertadores, não valerá para a final. Nesta quinta-feira, a Conmebol soltou nota no seu site oficial para confirmar que a decisão da competição, contra o Olimpia, daqui a duas semanas, não será no Independência (localizado no bairro do Horto), mas no Mineirão.
A mudança da casa atleticana na Libertadores é necessária porque a Conmebol exige que as duas partidas da decisão aconteçam em estádios que comportem pelo menos 40 mil torcedores. O Independência, porém, comporta público de pouco mais de 20 mil pessoas e nem uma estrutura provisória seria suficiente para atingir o mínimo necessário.
Desde a reinauguração do Independência, no ano passado, o Atlético tem acordo com o América e com a Arena Independência, que administra o estádio, para jogar lá. O clube até chegou a negociar para ter o Mineirão como sua casa, mas o presidente Alexandre Kalil nunca concordou com as exigências feitas pela Minas Arena.
O Atlético-MG já jogou duas vezes no novo Mineirão, ambas como visitante diante do Cruzeiro, que tem no estádio a sua casa. Perdeu as duas partidas por 2 a 1, ambas no estadual, mas na última delas o resultado garantiu ao time do técnico Cuca o título mineiro. No Independência, a equipe está invicta. Só empatou com o Tijuana (avançando nos pênaltis) e com o São Paulo, com time reserva, pelo Brasileirão.
Esta não será a primeira vez que um time brasileiro terá que mudar de casa para jogar a final da Libertadores. Em 2005, por exemplo, o Atlético-PR recebeu o São Paulo no Beira-Rio, em Porto Alegre. O Santos decidiu a Libertadores de 2003 no Morumbi e a de 2011 no Pacaembu, mesmo palco de São Caetano x Olimpia, em 2002.
Como teve melhor campanha na fase de grupos, o Atlético terá direito de jogar a grande decisão em casa, no dia 24 de julho. A ida será em 17 de julho, no Defensores Del Chaco, em Assunção. Os dois jogos estão marcados para às 21h50.