O Congresso paraguaio sancionou nesta sexta-feira (1º) a Lei do Jogador de Futebol Profissional, que foi motivo de discussão entre clubes e atletas e por pouco não interrompeu o campeonato nacional.
O projeto de lei apresentava um artigo no qual se previa que jogadores menores de 18 anos poderiam rescindir unilateralmente seus contratos pagando ao clube uma multa equivalente a 50 salários; os maiores de 18 poderiam fazer o mesmo, mas pagando o dobro.
Os clubes ameaçaram suspender o Torneio Clausura caso o projeto fosse aprovado. A lei foi sancionada, mas o artigo sobre rescisão de contratos sofreu alterações.
De acordo com o texto, os jogadores só poderão deixar suas equipes após o término do contrato ou em caso de acordo mútuo entre clube e atleta.
A norma também estabelece um prazo máximo de 5 anos para os contratos, que poderão ser estendidos somente por mais dois.
Prevê ainda o “contrato de aprendizagem”, direcionado para jogadores das categorias de base.
Segundo Carlos Sosa, dirigente do Cerro Porteño, o texto aprovado busca “proteger os clubes de empresários que tiram os atletas das categorias de base”.
Após a sanção da lei, os cartolas paraguaios garantiram a continuação do Torneio Clausura, cuja segunda rodada será realizada neste fim de semana.