Confusão em venda de ingressos na Arena

Muita confusão marcou a venda dos ingressos para o jogo entre Atlético e Palmeiras, na manhã de ontem, na Arena da Baixada. O Paraná Online recebeu reclamações de torcedores que relataram a livre ação de cambistas, sem repressão por parte dos seguranças contratados pelo clube.

As bilheterias da Arena abriram por volta das 10h, mas desde o início da manhã uma pequena fila já se formava. Segundo torcedores que estiveram no local, assim que a venda dos ingressos começou, várias pessoas, que seriam cambistas, começaram a furar a fila.

Teoricamente, cada torcedor poderia comprar apenas dois ingressos. Mas os furões entravam várias vezes na fila, trocando peças de roupa para confundir os responsáveis pelas vendas. Crianças de colo e idosos, que têm atendimento preferencial, também estariam sendo usados.

Segundo uma torcedora ouvida pelo Paraná Online, pessoas que perceberam a movimentação reclamaram e foram intimidadas. “Um senhor viu o que acontecia e gritou. Nesse momento dois rapazes se aproximaram xingando e um deles cuspiu no rosto do homem. Fiquei indignada com a cena, reclamei e também fui ofendida”, relatou, preferindo não se identificar.

Os seguranças contratados pelo Atlético teriam presenciado a cena sem reagir. “Eles só se manifestaram para dizer que os ingressos para a torcida do Palmeiras haviam acabado, por volta do meio-dia. Eu e várias pessoas que estavam na fila desde cedo não conseguimos comprar”, afirma.

Minutos depois que os bilhetes para os palmeirenses acabaram, cambistas já vendiam ingressos para o setor visitante. No mercado negro, o preço, que era de R$ 40 na bilheteria, subiu para R$ 100.

Relatos de episódios semelhantes são frequentes em jogos de grande público na Baixada. A reportagem procurou o Atlético, mas o clube informou que o funcionário responsável pela área não estava na Arena na tarde de ontem.

Há anos a diretoria rubro-negra vem alertando os torcedores para que não comprem ingressos fora dos pontos de venda oficiais. Porém, os cambistas continuam agindo livremente, sem repressão policial.

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