Quase 15 horas depois da confusão no jogo entre Peñarol e Palmeiras, em Montevidéu, autoridades uruguaias apresentaram o “balanço” da briga de torcida que manchou a vitória do time brasileiro por 3 a 2, de virada, em rodada da Copa Libertadores. Ao todo, 30 pessoas foram detidas e 18 policiais ficaram feridos, segundo o Ministério do Interior do Uruguai. Além disso, seis carros da polícia foram danificados.

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A confusão teve início logo após o apito final da partida, válida pelo Grupo 5. Jogadores das duas equipes se desentenderam e trocaram agressões no gramado. O volante Felipe Melo chegou a acertar um soco no rosto de Matias Mier, reserva do Peñarol. O elenco palmeirense acabou encurralado diante do portão do vestiário e a polícia precisou intervir.

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Depois que os jogadores do Palmeiras entraram pelo portão, nova confusão aconteceu na entrada dos vestiários. Jogadores e dirigentes do Palmeiras criticaram supostas provocações e agressões do time uruguaio. O diretor de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, afirmou que o Peñarol armou uma “tocaia” na entrada do portão fechado. O presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, disse que poderia ter havido uma “tragédia”.

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Do outro lado, o presidente do Peñarol, Juan Pedro Damiani, culpou Felipe Melo por toda a confusão ocorrida no estádio Campeón de Siglo. “Felipe Melo armou a confusão quando acertou um soco em Mier”, declarou o dirigente uruguaio.

O tumulto no gramado foi seguido de confusão nas arquibancadas, no setor onde estava a torcida palmeirense. Torcedores invadiram área que separava os dois grupos e começaram a provocar os uruguaios. Alguns ameaçaram pular a grade, enquanto outros arremessavam lixeiros para outro lado.

O conflito continuou fora do estádio. Torcedores do Peñarol lançaram pedras contra a polícia. No confronto, um membro do grupo uruguaio roubou uma pistola dos policiais. Antes mesmo do jogo, torcedores locais foram presos em confusão na entrada do estádio.

De acordo com a agência Associated Press, um palmeirense foi preso ainda no primeiro tempo da partida por tentar brigar com um uruguaio.

“A responsabilidade é daqueles que não suportam perder, dentro de campo também. Perdem a perspectiva das coisas e acabam causando danos ao clube do qual são torcedores”, criticou o ministro do Interior uruguaio, Eduardo Bonomi.