Mesmo com jogo de praticamente uma torcida só, houve briga em Campinas (SP) neste domingo. Um grupo de torcedores de Palmeiras e Ponte Preta entraram em confronto antes do jogo da equipe alviverde contra o Red Bull Brasil, pela primeira rodada do Campeonato Paulista. O Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar (BAEP) precisou usar balas de borracha e bombas de efeito moral para dispersar a multidão nos arredores do estádio Moisés Lucarelli. Pelo menos três torcedores ficaram feridos e um deles precisou ser encaminhado para o hospital municipal Mário Gatti.
Ainda não há uma explicação oficial da polícia para o início da confusão, mas algumas imagens mostram claramente torcedores da Ponte Preta em conflito com palmeirenses em frente à fachada do estádio. A sede da Torcida Jovem, principal organizada do time de Campinas, fica bem em frente ao Moisés Lucarelli – perto de 50 metros do portão principal. De acordo com informações iniciais, um grupo de palmeirenses tentou invadir o local e iniciou a confusão.
No confronto, um torcedor do Palmeiras ficou ferido e chegou a ser carregado por companheiros para dentro do estádio. Ele foi atendido e encaminhado para o hospital. Na invasão, outro torcedor foi baleado na perna e um terceiro sofreu com pauladas na cabeça. Os dois deram entrada no Mário Gatti – os seus nomes não foram identificados. Outros dois torcedores, que seriam ligados à Ponte Preta, foram encaminhados a uma delegacia.
Por determinação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), nem Ponte Preta nem Guarani podem receber em Campinas torcida visitante contra os clubes grandes – São Paulo, Corinthians, Santos e Palmeiras. Segue o mesmo padrão dos clássicos com torcida única em São Paulo. Só que o Red Bull Brasil, que treina em Jarinu (SP) e joga em Campinas, não entrou nessa regra. O clube empresa tem pouca tradição nas arquibancadas e depende dos rivais para arrecadar bilheteria. Até criou um setor misto no Moisés Lucarelli, porém restrito, e não houve registro de nenhum confronto.