Na última segunda-feira (12), foram divulgadas as seleções do Campeonato Brasileiro da Bola de Prata, escolhida pela revista Placar, e também da CBF, onde jornalistas do Brasil inteiro votaram. Claro que a Tribuna não ficaria de fora dessa e também apresenta o seu time.
No total, nove jornalistas participaram*, escolhendo a melhor escalação, o técnico, o craque e a revelação desta edição. E entre estes 14 nomes, apenas um foi unanimidade: o volante/meia Moisés, do Palmeiras. O campeão brasileiro, aliás, dominou o time, com seis jogadores selecionados. Atlético, Atlético-MG, Flamengo, Santos e Vitória, com um representante cada, fecham a equipe. No total, 32 jogadores foram citados.
Confira a seleção
Goleiro – Jailson (Palmeiras)
Goleiro campeão brasileiro, da melhor defesa e ainda por cima terminando o campeonato invicto. Jailson, aos 35 anos, foi quase uma revelação deste Brasileirão. Com a dura missão de substituir Fernando Prass, o arqueiro não se intimidou e, com grandes defesas, ajudou o clube paulista a encerrar o jejum de 22 anos sem levantar a taça.
Lateral-direito – Jean (Palmeiras)
Volante de origem, Jean mudou de posição ao longo do campeonato. Na lateral, deu mais ofensividade ao Palmeiras, criou várias jogadas de gols e ainda foi decisivo nas bolas paradas.
Zagueiro – Thiago Heleno (Atlético)
Se a mídia nacional não reconheceu, ao menos aqui ficou claro que Thiago Heleno foi um dos melhores zagueiros do Campeonato Brasileiro. Firme, segurou os atacantes adversários com inúmeros desarmes e foi uma das armas nas bolas aéreas, tanto na defesa, quanto no ataque. Não à toa recebeu o apelido de general por parte dos torcedores.
Zagueiro – Mina (Palmeiras)
Mina participou de apenas 12 jogos do Palmeiras. Chegou com o campeonato já em andamento e ainda foi desfalque por conta de lesões. Mas quando este em campo foi fundamental. Na defesa, ganhou praticamente todas as divididas. Na frente, marcou quatro gols, quase todos que garantiram três pontos.
Lateral-esquerdo – Zeca (Santos)
Em meio à garotada que o Santos sempre utiliza, Zeca foi o que mais apareceu no time vice-campeão brasileiro. Veloz, fez cruzamentos e chutes precisos, responsável por algumas assistências e outros golaços.
Volante – Tchê Tchê (Palmeiras)
Destaque do Audax, vice-campeão paulista, rapidamente Tchê Tchê se tornou dono do meio-campo do Palmeiras. Primeiro jogou como lateral-direito. Depois, inverteu de posição com Jean e teve mais liberdade em campo, apesar de ser um dos responsáveis pela marcação. Com uma visão de jogo excelente, quebrava a marcação dos adversários com precisos lançamentos.
Meia – Moisés (Palmeiras)
Moisés foi outro que trocou de posição no Palmeiras. Ora jogando como segundo volante, ora como meia armador, o atleta virou o cérebro do campeão brasileiro. Praticamente todas as bolas passavam pelos seus pés. Nem de longe lembra o jogador que defendeu o Coritiba em 2009. Mesmo sofrendo com uma grave lesão no começo da temporada, Moisés se recuperou e virou titular absoluto.
Meia – Diego (Flamengo)
Uma das principais contratações do futebol brasileiro no ano, Diego chegou no final do primeiro turno. Estreou apenas na segunda metade do Brasileirão mas rapidamente se encaixou no Flamengo e mudou o nível técnico do time. O armador, em 18 jogos, fez seis gols, três assistências e chamou a responsabilidade, colocando o rubro-negro como um dos candidatos ao título.
Atacante – Marinho (Vitória)
A permanência do Vitória na elite do futebol brasileiro pode ser colocada nas costas de Marinho. Ou melhor, nos pés. Na reta final do campeonato o atacante foi decisivo, marcando sete dos seus 12 gols nos últimos seis jogos, sendo alguns belos gols. Neste período, o rubro-negro baiano somou dez dos 18 pontos disputados.
Atacante – Robinho (Atlético-MG)
No Atlético-MG, Robinho parece ter recuperado o faro de gol. Artilheiro do futebol brasileiro com 26 gols, o atacante também brigou pelo status no Brasileirão, onde balançou as redes em 12 oportunidades, ficando a dois dos artilheiros. Se perdeu na velocidade ao longo do tempo, Robinho ganhou em experiência e posicionamento, sendo um dos pontos fortes do Galo.
Atacante – Gabriel Jesus (Palmeiras) – Craque do Brasileirão
Que ano para o garoto de 19 anos. Medalha de ouro nas olimpíadas, titularidade na seleção principal e negociado com o Manchester City, da Inglaterra, onde será comandado por Pep Guardiola. Só isso já teria valido a temporada para Gabriel Jesus. Mesmo assim, não diminuiu a intensidade em campo e fez de tudo pelo Palmeiras. Armou, fez gols decisivos, foi para cima dos adversários e foi um dos diferenciais do clube paulista, principalmente no primeiro turno.
Técnico – Cuca (Palmeiras)
Quando disse que o Palmeiras seria campeão brasileiro, Cuca mostrou confiança no elenco que tinha à disposição. Impondo uma forma de jogar, abusando das jogadas aéreas e também da velocidade nos contra-ataques, o treinador fez do Palmeiras um time quase impecável no primeiro turno. No segundo turno, precisou modificar a forma de a equipe jogar, caindo um pouco de produtividade. Mas não de rendimento. Apesar de placares apertados e jogos equilibrados, o time paulista conquistou resultados importantes e que garantiram o título nacional.
Revelação – Vitor Bueno (Santos)
Como já é padrão, a cada ano o Santos surge com uma nova geração. O nome de 2016 foi Vitor Bueno. O meia de 22 anos não foi exatamente revelado pelo Peixe, mas chegou ainda nas categorias de base. Quando o alvinegro praiano teve vários jogadores convocados para a seleção brasileira, entre time principal e olímpico, Dorival Júnior recorreu a outros garotos e Vitor Bueno se destacou, permanecendo entre os titulares até o final e marcando dez gols no Brasileirão.
*Participaram da votação: Anderson Luís (PFC); André Pessôa (repórter do Rio de Janeiro, ex-Fox Sports), Carlos Bório (Tribuna), Cristian Toledo (Tribuna), Diogo Souza (Tribuna), Eduardo Luiz (Tribuna), Luiz Ferraz (Tribuna), Ricardo Brejinski (Tribuna) e Thiago Ribeiro (RPC)