Apesar do desafio de encarar a Argentina de Lionel Messi, o técnico da Suíça, Ottmar Hitzfeld, mostrou confiança nesta segunda-feira, véspera da partida válida pelas oitavas de final da Copa do Mundo. O experiente treinador, de 65 anos, aposta no potencial de sua equipe para buscar um resultado “histórico” no Mundial do Brasil.
“Acho que temos uma grande oportunidade de desenvolver o futebol suíço e conquistar algo histórico, que seria ficar entre as oito melhores seleções da Copa do Mundo”, disse o treinador, dono de dois títulos da Liga dos Campeões da Europa e sete troféus do Campeonato Alemão por Bayern de Munique e Borussia Dortmund.
A partida desta terça no estádio Itaquerão, em São Paulo, tem papel decisivo na carreira de Hitzfeld. Antes da Copa, ele anunciara que se aposentaria ao fim da competição, algo que pode acontecer se a Suíça sucumbir diante do favoritismo da Argentina. “Não acho que será minha última partida, não”, declarou o treinador.
De tão confiante, Hitzfeld aposta que o jogo contra a Argentina será lembrado como um dos pontos altos de sua brilhante carreira de treinador. “Tínhamos esse pequeno sonho de chegar às oitavas e agora queremos continuar realizando nosso sonho. Acho que este jogo será um ponto alto da minha carreira”, afirmou.
Mesmo assim, o treinador admite que o time suíço terá que fazer uma grande partida para superar Messi e companhia. “Nós podemos jogar de igual para igual com a Argentina se fizermos um esforço extra, se fizermos um jogo de equipe. Tenho certeza de que poderemos fazer isso amanhã (terça)”.
Para tanto, Hitzfeld conta com o mistério sobre a escalação da Suíça. Sem antecipar o time, ele revelou apenas que deverá fazer mudanças para adaptar a sua equipe ao rival, como fez nas partidas anteriores, na primeira fase. “Temos que jogar de forma diferente contra a Argentina, assim como fizemos contra Honduras”.
Contra os hondurenhos, em Manaus, a Suíça fez a sua melhor partida e venceu por 3 a 0. A boa vitória só veio depois de alterações no posicionamento do time, abalado com a goleada sofrida diante da França por 5 a 2. Diante dos argentinos, Hitzfeld deve apresentar um time mais defensivo, sem a liberdade que concedeu aos atacantes contra Honduras.