O projeto aprovado para a reforma do Pacaembu saiu do trabalho de meses de Raí com seu sócio Paulo Velasco. A Raí+Velasco atendeu ao chamamento da Prefeitura de São Paulo para apresentar soluções de uso para o estádio municipal. Pelo trabalho, a Raí+Velasco vai receber cerca de R$ 1,2 milhão da concessionária que ganhou a licitação do estádio.
A partir desse pagamento, o projeto passa a pertencer à Progen, que tem prerrogativas para fazer as modificações que achar necessárias. A Raí+Velasco é uma empresa de gestão de marcas e desenvolvimento de negócios nas áreas de esportes, cultura e design. Ela foi pré-selecionada entre cinco escolhidas para apresentar sugestões de mudanças no Pacaembu. Em edital do Diário Oficial, a Prefeitura de São Paulo abriu concessão do local para a iniciativa privada. O então prefeito João Doria deu o pontapé inicial ao processo de privatização de algumas áreas do município. Agora governador, ele deixou a tarefa para seu sucessor Bruno Covas.
O edital de concessão do Pacaembu não englobou o Museu do Futebol, que pertence ao governo do Estado, e a administração da Praça Charles Miller.
A convocação da qual Raí participou era para que os interessados enviassem projetos sobre investimentos, novas formas de uso e fontes de receitas ao Pacaembu. Na ocasião, o ex-jogador ainda não era diretor de futebol do São Paulo. Seu projeto sempre trabalhou com a ideia de demolir o tobogã, reduzindo, assim, a capacidade do Paulo Machado de Carvalho.
O projeto “comprado” pela concessionária, que ofereceu R$ 111 milhões na licitação, trabalha com a ideia de construir na área onde estava o tobogã, setor mais popular do campo, centros culturais e de serviço, com parte subterrânea para eventos fechados, e uma grande área de circulação de pessoas.