O Campeonato Brasileiro começa neste sábado (14), com 20 times brigando entre título, vaga na Libertadores, na Sul-Americana ou simplesmente para permanecer na elite. Saiba como chegam os 18 adversários de Atlético e Paraná Clube para o principal torneio do país:

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Vai começar o Brasileirão!

América-MG

Campeão da Série B no ano passado, o América-MG volta à elite do futebol depois de passar apenas um ano na divisão de acesso. No Campeonato Mineiro, o Coelho caiu na semifinal, diante do Atlético-MG, mas fez uma boa campanha, terminando na segunda posição na primeira fase. Um dos artilheiros da competição foi o atacante Aylon, com seis gols, ao lado de Ricardo Oliveira.

Outros jogadores de destaque do América que seguem para deixar a equipe mais competitiva no Brasileiro são o zagueiro Messias e lateral-direito Norberto. Um reforço que acaba de chegar é o experiente volante Leandro Donizete.

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Time-base: Jory; Norberto, Messias, Rafael Lima e Carlinhos; Zé Ricardo e Wesley; Aylon, Serginho e Luan; Rafael Moura.
Técnico: Enderson Moreira

Atlético-MG

Desde que Oswaldo de Oliveira deixou o Atlético-MG, em fevereiro, a solução caseira encontrada pelo clube foi promover o auxiliar-técnico Thiago Larghi. O mais jovem entre todos os treinadores da Série A, com 37 anos, ele tem sua situação ainda indefinida no Galo, já que não foi de fato efetivado.

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Sob o comando de Larghi, o Galo chegou à final do Campeonato Mineiro, mas foi derrotado pelo rival Cruzeiro. Apesar disso, o saldo é positivo. São 16 jogos no comando da equipe, com dez vitórias, três empates e sofreu três derrotas.

Time-base: Victor, Patric, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Adilson, Elias, Luan, Cazares e Otero; Ricardo Oliveira.
Técnico: Thiago Larghi

Bahia

Sob o comando do técnico Guto Ferreira, o Bahia chega ao Brasileirão querendo fazer uma campanha melhor do que a que foi feita em 2017. O Tricolor ficou na 12ª colocação no ano passado. Nesta temporada, a equipe chega embalada pela conquista do Campeonato Baiano em cima do Vitória e aposta em um trio ofensivo bem conhecido do futebol paranaense.

O meio-campista Vinícius, que já passou pelo Trio de Ferro, a revelação do Coxa Zé Rafael, que já fez bonito também no Londrina, e o artilheiro Edigar Junio, que foi criado nas categorias de base do Furacão formam o setor ofensivo da equipe. Na meta do Bahia, o destaque é o goleiro Douglas, que foi um dos paredões do Brasileiro de 2017, quando defendeu o Avaí.

Time base: Douglas; Nino Paraíba, Tiago, Lucas Fonseca e Léo; Gregore, Elton, Vinícius, Marco Antônio e Zé Rafael; Edigar Junio. Técnico: Guto Ferreira.

Gatito Fernandez é uma das apostas do Botafogo no objetivo de não fazer feio no Brasileirão. Foto: Vitor Silva/SS Press/Botafogo

Botafogo

Atual campeão carioca, o Botafogo entra no Brasileirão com cautela. Consciente de que o elenco precisa de reforços para suportar a sequência de partidas (que pode ganhar o acréscimo da Copa Sul-Americana), o técnico Alberto Valentim quer um time que repita o espírito competitivo dos jogos decisivos contra o Vasco.

De novidade para a competição, o atacante uruguaio Rodrigo Aguirre, que chegou cheio de boas referências vindo da Udinese. Para o início do campeonato, Moisés e Luiz Fernando estão lesionados, mas serão titulares da equipe, assim como Renatinho, destaque do Paraná Clube que voltou para a primeira divisão.

Time-base: Gatito Fernández; Marcinho, Joel Carli, Igor Rabello e Moisés; Rodrigo Lindoso, Marcelo, Leo Valencia, Luiz Fernando e Renatinho; Brenner. Técnico: Alberto Valentim

Ceará

Embalado pela conquista do acesso no ano passado e também por conquistar o Campeonato Cearense de 2018 em cima do maior rival, o Ceará volta à elite do futebol brasileiro apostando no comando de Marcelo Chamusca, que vai estrear em uma Série A. O grande destaque do Vozão é o Estádio Castelão. Em 2017, o clube teve uma das melhores médias de público do futebol brasileiro.

Dentro de campo, o Ceará conta com o atacante Arthur, um dos artilheiros do Brasil, como um dos grandes destaques. A equipe ainda tem nomes conhecidos do futebol paranaense em seu elenco, como os atacantes Roberto, ex-Coritiba, e Douglas Coutinho, ex-Atlético, além do lateral-esquerdo Rafael Carioca, ex-Paraná Clube.

Time base: Éverson; Pio, Luiz Otávio, Valdo e Romário; Juninho, Raul e Ricardinho; Wescley, Fellipe Azevedo e Arthur. Técnico: Marcelo Chamusca.

Atlético entra no Brasileirão com nova filosofia de trabalho

Chapecoense

Depois de ter a sua hegemonia no Campeonato Catarinense quebrada ao perder o título para o Figueirense, a Chapecoense entra para a disputa do Campeonato Brasileiro para tentar surpreender os grandes novamente. No entanto, o primeiro objetivo da Chape é garantir a sua permanência na primeira divisão para depois alcançar voos mais altos na competição nacional. A equipe comandada pelo técnico Gilson Kleina terá que apagar a impressão ruim deixada na decisão do Estadual e reencontrar seu melhor futebol.

A Chapecoense contratou apenas o atacante Leandro Pereira para a disputa do Brasileirão. No entanto, a diretoria trabalha também nos bastidores para renovar os contratos do zagueiro Douglas e do meia Canteros.

Time base: Jandrei; Eduardo, Douglas, Rafael Thyere e Bruno Pacheco; Márcio Araújo, Amaral, Luiz Antonio e Canteros; Guilherme e Wellington Paulista.
Técnico: Gilson Kleina.

Corinthians

O Corinthians tem muito clara a tática para conquistar o bi do Campeonato Brasileiro neste ano. É só manter o que está sendo feito, apostar no bom e velho ‘em time que está ganhando, não se mexe‘. A base da equipe é a mesma do ano passado, com uma importante mudança no esquema tático e que já se mostrou eficiente, com o time sagrando-se campeão paulista.

O técnico Fábio Carille abriu mão do esquema tático com centroavante e passou a jogar com dois atacantes caindo pelas pontas e mais dois meias centralizados. Assim, a equipe tem mais a bola no pé e também paciência para furar defesas. As mudanças surtiram efeito e o time conseguiu se adaptar a jogar sem uma referência na área.

Time-base: Cássio; Fagner, Henrique, Balbuena e Sidcley; Gabriel, Maycon, Rodriguinho e Jadson; Mateus Vital e Romero.
Técnico: Fábio Carille.

Thiago Neves é o líder do Cruzeiro em campo. Raposa agora quer faturar o Brasileirão. Foto: Vinnicius Silva/Cruzeiro

Cruzeiro

Embalado pelo título no Campeonato Mineiro, o Cruzeiro tem uma estratégia definida para brigar pelo troféu do Brasileirão. “A gente tem objetivo, que nós mesmos, os jogadores, colocamos até a pausa para a Copa do Mundo, que é estar no topo ou entre os quatro nessas 11, 12 primeiras rodadas para depois ter uma boa preparação durante a Copa e voltar para o segundo turno para ser campeão”, disse o meia-atacante Thiago Neves, um dos destaques do time.

Outro ponto forte da Raposa é o técnico Mano Menezes, que conduziu a equipe na conquista de dois títulos em seis meses: a Copa do Brasil de 2017 e o Estadual. Base mantida, dentro e fora de campo, para levantar um caneco que não vem desde 2014.

Time-base: Fábio, Edílson, Dedé, Léo e Egídio; Henrique, Ariel Cabral, Robinho e Thiago Neves; Arrascaeta e Rafael Sóbis. Técnico: Mano Menezes

Flamengo

Um dos clubes mais ricos e mais endividados do País, o Mengão volta a entrar no Brasileirão como candidato ao título – assim como nas últimas temporadas, em que fracassou. Desta vez, a diretoria ainda não sabe se vai apostar no interino Marcelo Barbieri ou contratar um “medalhão” como Dunga, Luiz Felipe Scolari ou mesmo Cuca, caso o clube decida esperar o paranaense ser comentarista do SporTV na Copa do Mundo.

Por enquanto, Barbieri comanda um elenco milionário, e que mais uma vez não encaixou. Diego, Everton Ribeiro, Diego Alves e Henrique Dourado, que deveriam ser as estrelas, ficam hoje atrás de Vinícius Júnior e Lucas Paquetá, mais decisivos. Everton, até recentemente titular, pode ser negocado com o São Paulo.

Time-base: Diego Alves; Rodinei, Juan, Réver e Renê; Willian Arão, Cuéllar, Vinícius Júnior, Diego e Lucas Paquetá; Henrique Dourado. Técnico: Marcelo Barbieri

Fluminense

Em grave crise financeira, o tricolor carioca terá que administrar suas dificuldades para dar um elenco fortalecido ao técnico Abel Braga. A promessa feita pelo diretor Paulo Autuori é que isso irá acontecer, e a tentativa de mostrar isso foi a contratação de Kléber junto ao Coritiba. O Gladiador chegará como o principal nome de um grupo em que os jovens estão resolvendo.

O principal desses garotos é o lateral Ayrton. Titular do Londrina na Série B do ano passado, ele retornou às Laranjeiras e rapidamente virou o ala-esquerdo do Flu – Abel aposta muito no apoio dele e de Gilberto pela direita. Com Sornoza e Marcos Júnior, os quatro formam os coadjuvantes de Kléber no Brasileirão.

Time-base: Júlio César; Renato Chaves, Ibañez e Gum; Gilberto, Jadson, Douglas, Sornoza e Ayrton; Marcos Júnior e Kléber. Técnico: Abel Braga

Grêmio

O Grêmio é o atual bicho-papão do futebol brasileiro. Venceu a Copa do Brasil em 2016, a Libertadores em 2017 e este ano já faturou a Recopa Sul-Americana e o Campeonato Gaúcho. Por isso, o objetivo agora é conquistar o Brasileirão, título conquistado pela última vez em 1996. Se no ano passado o tricolor gaúcho deixou de lado a principal competição nacional para se dedicar à Libertadores, agora tudo será diferente.

A base de 2017 foi mantida, com nomes de peso, como o goleiro Marcelo Grohe, o zagueiro Pedro Geromel, o volante Arthur e o atacante Luan, todos cotados até para defender a seleção brasileira na Copa do Mundo. Sem falar nos atacantes André, Hernane Brocador e Jael, o zagueiro Kannemann, o volante Ramiro e os meias Cícero e Alisson. Além de claro, contar com Renato Gaúcho no comando.

Time-base: Marcelo Grohe; Léo Moura, Pedro Geromel, Kannemann e Bruno Cortez; Maicon, Arthur e Ramiro; Luan, Everton e Jael.
Técnico: Renato Gaúcho

Internacional

De volta à elite do Brasileirão, após um amargo 2017 na Série B, o Internacional agora tenta recuperar o prestígio. O Colorado acabou a segunda divisão do ano passado como vice-campeão e foi eliminado do Campeonato Gaúcho ainda nas quartas de final, pelo rival Grêmio. Por isso, vê no torneio nacional a chance de mostrar que a reestruturação está surtindo efeito.

Peças para o Inter mostrar que tem forças não faltam. Apesar da crise no futebol, o time gaúcho contam com nomes expressivos no elenco, como o goleiro Danilo Fernandes, os volantes Rodrigo Dourado e Edenílson, os atacantes Leandro Damião e Roger e o meia D’Alessandro, principal estrela da equipe, comandada pelo técnico Odair Hellmann, efetivado no final de 2017.

Time-base: Danilo Fernandes; Fabiano, Rodrigo Moledo, Víctor Cuesta e Iago (Zeca); Rodrigo Dourado, Edenílson, Patrick e D’Alessandro; William Pottker e Leandro Damião.
Técnico Odair Hellmann

Dono do elenco mais caro do país, o Palmeiras tenta se reabilitar no Brasileirão, enquanto o Corinthians vai em busca do bi. Foto Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians

Palmeiras

O Palmeiras começa o Campeonato Brasileiro com mais tristeza e menos esperança do que em anos anteriores. Embora continue com um elenco forte, jogadores renomados e finanças que permitem a chegada de novos reforços, a equipe estreia na competição ainda abalada pelo vice-campeonato no Paulistão e em dúvidas sobre qual o seu real potencial.

O time de melhor campanha no Estadual terminou a participação derrotado pelo Corinthians na decisão e inseguro sobre o quanto o time pode render. Apesar de ter conseguido bater rivais em clássicos e feito boas apresentações, deixou uma última impressão ruim. A derrota para o rival em pleno estádio Allianz Parque colocou em dúvida se no Brasileirão a equipe terá o comportamento instável de quem perdeu o título em casa ou a constância de quem tem ido bem em partidas da Copa Libertadores.

Time-base: Jailson; Marcos Rocha, Antônio Carlos, Thiago Martins e Victor Luís; Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima; Willian, Dudu e Borja. Técnico: Roger Machado.

Santos

Os baixos investimentos realizados pelo Santos para a temporada de 2018 não fazem o time deixar de sonhar com uma boa campanha no Campeonato Brasileiro. Para isso, o clube confia na manutenção do êxito que os seus reforços vêm tendo, além de duas virtudes enxergadas em times de sucesso de um passado recente: o talento das promessas das divisões de base e a força do seu ataque.

Embora tenha perdido várias referências do seu elenco após o último Brasileirão – casos de Zeca, Ricardo Oliveira e Lucas Lima – e tenha adotado uma política de corte de gastos, o Peixe teve êxito no mercado ao ver três jogadores contratados se transformarem em titulares: o lateral-esquerdo Dodô e os atacantes Eduardo Sasha e Gabriel Barbosa, o Gabigol, que retornou ao Brasil com a meta de liderar o time.

Time-base: Vanderlei; Daniel Guedes, David Braz, Lucas Veríssimo e Dodô; Alison, Léo Cittadini e Jean Mota (Arthur Gomes); Eduardo Sasha, Gabriel e Bruno Henrique (Rodrygo).
Técnico: Jair Ventura.

Após dez anos, Paraná Clube volta à elite e não quer sair dela

São Paulo

O clima no Morumbi não é dos melhores. Sofrido nas últimas temporadas – com direito a registrar o seu pior retrospecto na era dos pontos corridos no ano passado -, o São Paulo vive pressionado para fazer em 2018 um Campeonato Brasileiro diferente dos últimos. Sem vencer o torneio há 10 anos, depois do tri consecutivo conquistado entre 2006 e 2008, a equipe tricolor busca o caminho para voltar a ser pelo menos competitiva.

Mas o torcedor já teve mostras de que deve se preparar. Não será fácil, pois o elenco atual não convence. ‘Medalhões‘ contratados para a temporada ainda buscam a sua forma ideal, o time ainda não está entrosado o suficiente e, em campo, as oscilações já marcaram um início de ano preocupante. Até aqui foram seis jogos contra equipes de Série A. Foram cinco derrotas.

Time-base: Sidão; Eder Militão, Rodrigo Caio, Arboleda e Reinaldo; Petros, Jucilei, Liziero e Valdívia; Nenê e Tréllez.
Técnico: Diego Aguirre.

Sport

Entra ano, sai ano e o Sport segue a sua rotina no Campeonato Brasileiro de apenas lutar contra o rebaixamento. Na edição de 2018 da competição nacional não deve ser diferente. O Leão vem de uma participação sem destaque no Campeonato Pernambucano, quando foi eliminado na semifinal para o Central. Depois, nada menos do que oito reforços foram contratados para aumentar o nível competitivo da equipe comandada pelo técnico Nelsinho Baptista.

Para a disputa do Campeonato Brasileiro, chegaram os zagueiros Ernando e Max, o lateral-direito Claudio Winck, os volantes Ferreira e Nonoca, o meia Andrigo, além dos atacantes Hygor e Carlos Henrique. O último, inclusive, fez um bom Campeonato Paranaense pelo Londrina e foi um dos artilheiros do torneio com cinco gols marcados.

Time base: Agenor; Claudio Winck, Ernando, Léo Ortiz e Evander; Ferreira, Rithelly e Andrigo; Marlone, Carlos Henrique e Hygor.
Técnico: Nelsinho Baptista

Vasco

Dividindo atenções com a Copa Libertadores, o Vasco terá que demonstrar que tem elenco para suportar as duas competições. Tarefa para o técnico Zé Ricardo, que conseguiu ano passado o “milagre” de sair da zona de rebaixamento para o G8. As apostas nos jogadores da base estão dando certo, mas a perda de Paulinho, titular absoluto e uma das maiores promessas do futebol brasileiro, foi um baque maior que a perda do Campeonato Carioca.

Sem muito dinheiro para investir, o time carioca buscou jogadores no time de aspirantes e na base. Além de Paulinho, Giovanni Augusto é outro que começa o Brasileirão no estaleiro.

Time-base: Martín Silva; Rafael Galhardo, Erazo, Paulão e Henrique; Desábato, Welington, Evander, Wagner e Yago Pikachu; Riascos. Técnico: Zé Ricardo