Apesar da constatação de diversos problemas no segundo jogo-teste da Arena da Baixada, que possivelmente será o último do estádio antes da Copa do Mundo, representantes do Comitê Organizador Local (COL), ao lado de membros da Prefeitura de Curitiba,do Governo do Estado e do Atlético, aprovaram o evento, no Joaquim Américo, que recebeu pouco mais de 21 mil torcedores. Os testes realizados pelo COL, principalmente, passaram sem restrições, mas outras áreas do Joaquim Américo apresentaram problemas variados.
Mesmo assim, Ricardo Trade, executivo chefe do COL, gostou do que viu. “O estádio está lindo e saímos daqui contentes. Estão todos de parabéns e teremos quatro jogos no melhor nível possível. Estamos tranquilos, mas trabalhando em conjunto, sempre falando com todos no dia a dia. Estamos alinhados para entregar tudo como prometido antes do período exclusivo”, disse Trade.
O gerente geral de operacionalização do COL, Tiago Paes, também aprovou o teste. “Fizemos os testes nas áreas desejadas e todas tiveram resultados satisfatórios. Alguns testes que fizemos não aparecem ao público, mas são muito importantes, como a chegada do Corinthians ao aeroporto. Detectamos algumas falhas andando pelo estádio, como algumas goteiras. Foi bom que choveu e somente assim descobrimos falhas. Dentro do nosso plano, o jogo-teste foi satisfatório”, frisou.
Mas se por um lado as áreas testadas pelo COL foram satisfatórias, outros setores ainda deixaram a desejar. No entorno da Arena da Baixada, o trânsito ficou complicado antes da partida, que foi marcada justamente para o horário de pico. Além disso, alguns entulhos foram encontrados próximos à chegada e saída dos torcedores e, o acesso à esplanada pela Getúlio Vargas, apresentou longas filas.
Além disso, a área de imprensa improvisada em uma parte das cadeiras da Arena da Baixada, apresentou alguns problemas com a questões de telefonia e sistema 3G, principalmente quando grande parte da torcida já estava nas dependências do estádio e o uso foi maior. Em alguns banheiros, torcedores encontraram torneiras sem água e, nas lanchonetes, além dos preços altos, que deverão ser praticados na Copa do Mundo, houve filas, principalmente no intervalo e alguns produtos acabaram ainda no primeiro tempo. A limpeza do estádio e o excesso de poeira também impediram que o evento fosse executado com sucesso pleno.
Pode ser o último
O presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia, estava um pouco mais aliviado após o segundo jogo-teste da Arena da Baixada, mas admitiu que há muito o que fazer até a entrega das chaves do estádio para a Fifa, no dia 22. “Estamos felizes com mais um evento que transcorreu dentro do esperado, mas apreensivos por mais uma semana. Vamos continuar trabalhando da mesma forma, mas claro que com menos pressão, com menos angústia daquela ansiedade que vivemos desde janeiro”, frisou o mandatário, que afirmou que a possibilidade de ser realizado mais um evento-teste antes da Copa do Mundo para a capacidade total do estádio é pequeno. Ao todo, segundo o Atlético, 34.500 mil das 43 mil cadeiras já foram instaladas na Arena.
“Ainda não decidimos, mas está mais para não do que sim. Não posso definir agora, pois precisaríamos adiar nosso jogo contra o Corinthians, que é na quarta-feira que vem, mas faz parte da grade de transmissão da Rede Globo. Eles entenderam que era difícil esse adiamento. O adversário, se houver, será o Libertad. Mas por esses motivos ainda não cancelamos com eles, apenas deixamos em stand by e não temos como promover sem nosso time principal este evento para a capacidade total do estádio”, finalizou Petraglia.