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Comitê Olímpico dos Estados Unidos se desculpa com vítimas de Larry Nassar

O presidente do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, Larry Probst, pediu desculpas nesta sexta-feira às vítimas de abuso sexual de Larry Nassar, ex-médico que integrou a equipe norte-americana de ginástica, e reconheceu que o “sistema olímpico fracassou”. O médico abusou de ginastas campeãs olímpicas como Simone Biles, Gabby Douglas, Aly Raisman e McKayla Maroney.

“Para as mulheres, aquelas que escolheram prestar depoimento ou aquelas que não, nós dizemos o seguinte: ‘o sistema olímpico fracassou e nós pedimos desculpas de forma incondicional’. Palavras não podem expressar a raiva que o conselho e a liderança do USOC, e eu pessoalmente, sentimos pelo que os abusos de Larry Nasser provocaram nessas jovens mulheres e em suas famílias”, disse o presidente do comitê dos Estados Unidos em Pyeongchang, na Coreia do Sul, no início dos Jogos Olímpicos de Inverno.

Larry Nassar abusou de pelo menos 200 mulheres ao longo de mais de 20 anos em que trabalhou com medicina esportiva. Ele foi condenado em dois julgamentos diferentes pelos crimes. No primeiro, concluído em janeiro, pegou 175 anos de cadeia, com um mínimo de 40. Em outro, finalizado nesta semana, recebeu uma pena de 125 anos de prisão. Além disso, havia sido punido com 60 anos de detenção por pornografia infantil.

Larry Probst afirma que as histórias de abuso contra ginastas mostram como “o sistema falhou ao não protegê-las”. O USOC instaurou uma comissão independente para investigar as pessoas que receberam informações sobre os abusos. “O que vivemos nos Estados Unidos é extremamente doloroso em vários níveis, principalmente pelas mulheres envolvidas. Devemos a todos uma investigação transparente e profunda. E é isso que vai acontecer”, afirmou, sem definir o prazo final para as investigações.

Paul Parilla, Jay Binder e Bitsy Kelley, presidente do conselho de diretores, vice-presidente e tesoureira do conselho, respectivamente, pediram demissão da Federação de Ginástica dos Estados Unidos durante o julgamento de janeiro.

O presidente do Comitê Olímpico dos Estados Unidos admitiu que “foi um erro” o USOC não ter tido um representante durante o julgamento de Larry Nassar. “Deveríamos ter feito mais. Não vamos nos absolver de responsabilidade. O sistema olímpico e os Estados Unidos falharam com as atletas. E somos parte dos Estados Unidos”, afirmou.

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