Alegria e responsabilidade. Ingredientes considerados fundamentais pelo técnico Paulo Campos para a seqüência de jogos decisivos que o Paraná Clube terá pela frente, a partir do jogo de domingo – 18h, em Niterói, frente ao Botafogo. Uma mostra do que o time pode fazer já foi dada no treino de ontem pela manhã. Mesmo vindo de um resultado tecnicamente ruim – empate frente ao Guarani, em casa – a comissão técnica não deixou o grupo se abater. Muito pelo contrário. Usou as recentes chegadas de atletas experientes para motivar ainda mais o elenco.
Para os jogadores, muito dessa aparente tranqüilidade se deve ao fato do elenco estar fechado. “Antes, chegava e saía jogador a cada rodada. Isso gerava uma intranqüilidade”, revelou o atacante Maranhão. “Agora, o espírito de união é que define o nosso caminho neste Brasileiro”. Ninguém melhor para falar deste sentido de grupo do que Maranhão. O atacante foi “sacrificado” nas duas últimas partidas, sendo substituído logo após as expulsões de Vicente (contra a Ponte Preta) e Beto (Guarani).
“Não é fácil, pois ninguém gosta de ficar de fora de decisões. Mas, soube entender que minha saída, naquele momento, era para o bem do time, que precisava de mais força na marcação”, comentou. O jogador só espera que a partir deste momento, os árbitros sejam menos “rigorosos”. Mesmo atuando pelo lado direito do gramado, Maranhão usa a camisa 11. Suas saídas revivem situações dos anos 70, onde no futebol brasileiro havia um costume de se “sacar” o ponta-esquerda, sempre que as coisas não iam bem.
“Se for por isso, o jeito é trocar essa camisa”, brincou Maranhão. O jogador é uma peça importante para o contragolpe, que deve ser a principal “arma” do Paraná para surpreender o Botafogo. O objetivo é somar a terceira vitória consecutiva fora de casa, mas com a cautela que um adversário na mesma situação “delicada” em relação ao rebaixamento merece. “O clima no Botafogo, pelo que fiquei sabendo, não é bom, com as torcidas organizadas prometendo um protesto pacífico neste jogo”, comentou Campos.
Além disso, o empate “com sabor de derrota” no clássico frente ao Vasco da Gama – o Botafogo vencia por 2×0 – pode ter causado um abatimento na equipe de Paulo Bonamigo. Mesmo reconhecendo que estes ingredientes farão parte do duelo, Paulo Campos procurou afastar seus atletas dessas situações relativas ao Botafogo.
