Comissão do COI encerra visita ao Rio ‘otimista’

A sétima visita oficial da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) para os Jogos Olímpicos encerrou nesta quarta-feira no Rio agradando, ao menos no discurso, os dirigentes da entidade. Após as duras críticas de março, quando a comissão esteve no Rio pela última vez, a mensagem passada agora foi de otimismo. Mas o COI alertou que os prazos apertados ainda mantêm aceso o sinal de alerta.

“Vamos deixar o Rio hoje muito satisfeitos com o progresso visto desde março”, afirmou a presidente da comissão do COI, Nawal El Moutawakel, presidente da comissão. “Nós tivemos muito progresso. O que estava acontecendo em março já faz parte da história”, continuou a dirigente.

Nawal, porém, reconheceu que alguns pontos ainda merecem cuidado especial. “Duas áreas que examinamos muito de perto são as construções e as acomodações. O Comitê Rio 2016 e os governos apresentaram todos os processos. Apesar de o cronograma estar muito apertado, a equipe do Rio demonstrou claramente que está sob controle”, disse.

Já o novo diretor executivo do COI para os Jogos Olímpicos, Christophe Dubi, fez questão de tomar a palavra para deixar um alerta. “Quando estamos a dois anos de um projeto como este, em todos os lugares nós ficamos um pouco alertas devido à quantidade e ao volume de trabalho que tem que ser realizado”, pontuou.

“Todos os dias nós vemos uma aceleração quase exponencial das obras. Neste ponto, nos preocupamos, sim, que falte dois anos e tenha todo esse volume de trabalho. Há preocupação, que nos deixa acordados durante a noite. Mas isso acontece em todos os Jogos”, afirmou Dubi.

DEODORO – Uma das maiores preocupações do COI em março, o Complexo de Deodoro ficou de fora da visita oficial da Comissão – na terça, eles estiveram no campo de golfe, na Vila dos Atletas e no Parque Olímpico. Mas Dubi informou que uma equipe do COI esteve no local realizando imagens e percebeu avanços.

“Eles viram muito trabalho de terraplenagem, o que é a parte fundamental das obras. E nós sabemos que, se essa parte for bem feita, o terreno estará forte e firme para receber as instalações. Com toda a terraplenagem podemos ver a paisagem do parque, o que demonstra que ficará pronto para os Jogos”, avaliou.

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