A Comissão de Ética do São Paulo abriu na noite desta segunda-feira a apuração para investigar o caso da briga entre o ex-presidente Carlos Miguel Aidar e o vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro em um hotel durante reunião da diretoria, há duas semanas. Os dois envolvidos terão 15 dias para apresentarem explicações e escaparem de possíveis punições internas, como até a expulsão do quadro de associados.

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O presidente da Comissão de Ética, Wilton Brandão Parreira Filho, confirmou à reportagem que o órgão iniciou o trabalho de análise da briga entre os dirigentes. “Seguimos o Código de Processo Civil. A primeira parte é comunicar o representado, que terá até 15 dias para apresentar defesa prévia. Depois, vamos ouvir individualmente os envolvidos para mais informações”, explicou.

A Comissão tem além do presidente, mais quatro membros: Antonio Luiz Belardo, Renato de Albuquerque Ricardo, Mário Lourenço e José Moreira. Segundo Parreira Filho, ainda é cedo prever quais punições os dois podem sofrer. O ofício que motivou a abertura da apuração partiu da assinatura de oito conselheiros, que questionam o mau comportamento dos dirigentes durante reunião da diretoria.

A representação contra Aidar e Ataíde se baseia no estatuto do São Paulo. No artigo 34, o texto fala de expulsar do quadro de associados quem tiver mau comportamento em locais como “as dependências do clube, consideradas estas, por extensão, os centros de treinamento e outras assemelhadas, ou como representante deste em qualquer local”.

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O desentendimento entre os dois no dia 5 de outubro iniciou a troca de comando no clube. Ataíde foi exonerado, mas já retornou ao cargo depois de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, assumir a presidência na vaga de Aidar. O antigo mandatário renunciou ao cargo na última terça-feira.