Frankfurt – Um dos pecados cometidos pela comissão técnica se refere ao cronograma de atividades. Parreira e seus colaboradores priorizaram a recuperação física, o que reduziu as atividades táticas. Enquanto as outras grandes seleções encaravam testes de verdade, o Brasil jogou contra um catadão de Lucerna, Nova Zelândia e os juniores do Fluminense.

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Parreira apostou no quadrado mágico, com Kaká, Ronaldinho Gaúcho Ronaldo e Adriano. A formação havia deixado boa impressão no ano passado, mas com Robinho ao lado de Adriano. Adriano e Ronaldo deixaram o ataque pesado, e o técnico não testou alternativas.

Parreira apostou em medalhões, que jogaram mais com o nome e a experiência. Cafu e Roberto Carlos são os principais exemplos. Ronaldo até foi bem contra Japão e Gana, mas está pesado, com movimentação limitada. Já Ronaldinho Gaúcho foi a maior decepção da Copa. Não houve uma partida em que se tenha destacado; não driblou, não chamou para si a responsabilidade nos momentos mais difíceis.

Parreira também demorou para fazer alterações, como no sábado. Com um agravante: começou o duelo com a França com Juninho Pernambucano no lugar de Adriano – com isso rompeu o quadrado -, mas voltou ao esquema ao colocar Adriano e não Robinho.

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Para fechar a série, Parreira gostou do discurso de que "show, em Copa, é ganhar o título" e não necessariamente jogar bonito. Deu no que deu: a seleção não deu espetáculo e perdeu, o que é muito pior.