O nome mudou e os bruxos (ou alguns deles) foram exorcizados. Mas a Divisão de Acesso do campeonato paranaense – antiga Série Prata -, que começa hoje com sete jogos, segue envolvida em confusões e desorganização.

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Na semana anterior ao início da competição (adiado, por sinal, de 7 para 14 de maio), Umuarama e Noroeste de Ivaiporã foram excluídos da disputa por falta de pagamento de taxas. Como a tabela já estava pronta, o grupo em que ambos estavam ficou com apenas três participantes. As outras duas chaves têm seis agremiações. Um dirigente do Umuarama afirmou que vários outros clubes começam o Acesso em dívida com a Federação Paranaense de Futebol e que a entidade cobra R$ 10 mil para cada equipe entrar na disputa.

Alguns participantes, sem sede para atuar, recorrem ao estádio Pinheirão. São os casos de Real Brasil e Adapar, de Almirante Tamandaré, que protagonizam insólita rodada dupla domingo, na abertura da competição. No ano passado, Onaireves Moura prometera afastar clubes "mambembes" da Segundona paranaense.

Outras equipes mudaram de nome, como o Foz do Iguaçu, que incorporou o "Auritânia" de seu patrocinador um ano depois da participação conturbada na Série Prata. Em 2005, o ex-diretor Genézio de Camargos foi eliminado do futebol por admitir o pagamento de suborno a árbitros. Há duas semanas, um ex-jogador da equipe, Marlon, acusou o clube de ter assinado contratos que não eram oficializados na FPF no ano passado. Já a Portuguesa Londrinense tentou trocar de identidade para Grande Londrina Futebol Clube, mas a federação vetou por considerar a denominação semelhante à do tradicional Tubarão.

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Para fechar o circo, o presidente da FPF foi libertado três dias antes da largada do campeonato, após uma temporada de quase dois meses na cadeia. E, logo em seu retorno, Moura prometeu dar mais duas vagas na Série Ouro para os clubes da Divisão de Acesso com maior arrecadação – proposta que fere frontalmente o Estatuto do Torcedor.