Começa a temporada da Fórmula-1 dos “duelos”

Aos duelos do ano. Na Red Bull, deu a lógica: Vettel na frente de Webber. E, melhor ainda para o alemãozinho, pole para ele e um certo favoritismo, hoje, no GP do Bahrein, que abre a temporada 2010 da F-1. Na Ferrari, para onde se voltam as maiores atenções no Brasil, deu Massa sobre Alonso. O brasileiro em segundo, o espanhol em terceiro no grid. E os dois rasgando elogios ao carro. Felipe mais feliz ainda, porque estava sem correr desde o fim de julho do ano passado, e voltou competitivo como sempre.

Na McLaren, o campeão de 2008, Hamilton, na frente do campeão de 2009, Button: quarto e oitavo. E na Mercedes, Rosberg cravou Schumacher: quinto para o jovem, sétimo para o veterano que voltou às pistas.

O tom deste início de Mundial será esse, pelo menos aos sábados: as brigas internas nas equipes de ponta, que abrem hoje às 9h de Brasília uma nova fase da categoria. Não há mais reabastecimento, o que não acontecia desde 1993. Todos largarão com cerca de 150 kg de combustível, o que fará com que as primeiras voltas, com todos muito pesados, sejam das mais interessantes. Porque além do peso, que dificulta as freadas, todos terão de lidar com o desgaste de pneus, ainda uma incógnita nas novas condições.

O primeiro grid do ano apresentou como surpresa a presença de Robert Kubica, da Renault, entre os dez primeiros. O polonês ficou em nono, e o outro “intruso” na turma da frente foi Adrian Sutil, da Force India, em décimo.

No mais, tudo normal. O segundo pelotão teve aqueles que, na pré-temporada, mostraram que fariam, mesmo, parte de uma espécie de “série B” neste ano: Williams, Toro Rosso, BMW Sauber. E, lá atrás, as estreantes Lotus, Virgin e Hispania, que serão sempre acompanhados nas últimas filas de alguém que eventualmente tenha algum problema nos times mais rodados. Ontem, foi Alguersuari, da Toro Rosso, o único degolado no Q1 ao junto do sexteto das novatas.

A disputa pela pole acabou sendo resumida a Vettel, Massa e Alonso no Q3. A McLaren ficou muito para trás no cronômetro, mais de 1s, e a Mercedes não chegou a lutar pela ponta. Webber, o parceiro de Vettel, errou na sua volta rápida e não pôde brigar na frente, facilitando as coisas para Sebastian, que conseguiu a sexta pole de sua carreira.

É difícil fazer prognósticos para o GP barenita, por conta da novidade dos carros pesados e da taxa de desgaste da borracha que cada um vai enfrentar, num asfalto quente (as temperaturas ontem passaram dos 50 graus) que, na pré-temporada, realizada no inverno europeu, ninguém encarou. Em termos de velocidade pura, Vettel parece ser o mais preparado para a vitória. Mas a experiência de Alonso, o ímpeto de Massa e Hamilton e a solidez da Mercedes, com Rosberg e Schumacher, podem atrapalhar os planos do alemão.

No mais, é observar como vão se comportar os carros das novas equipes, muito lentos em relação aos demais. Eles serão chicanes ambulantes e, mesmo lá atrás, poderão ser decisivos na corrida.

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