Depois de muita discussão, o teto retrátil da Arena da Baixada deve começar a tomar forma a partir de hoje. Os três engenheiros espanhóis da Lanik I.S.A., empresa que o Atlético contratou para realizar a colocação da tampa do caldeirão, iniciarão o processo de montagem da estrutura retrátil, que está, desde a semana retrasada, sendo preparada para ser finalmente instalada. O trabalho será comandado pela empresa espanhola e executado pela SGE Estruturas Metálicas, que fica em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e já prestou serviço ao clube na reforma do estádio.
Os três engenheiros espanhóis, que chegaram ontem à Curitiba, se reunirão hoje com o diretor-executivo da Lanik I.S.A., César França, para traçar a estratégia do processo de montagem do teto. O dirigente da empresa, que veio dos Estados Unidos para dar a largada na instalação da estrutura, lembrou que a delegação da execução do serviço será a principal responsabilidade da empresa espanhola.
“Vamos estar em reunião com os três engenheiros espanhóis para montar a estratégia mais adequada para cumprir-se o prazo de conclusão do dia 30 de novembro. A partir de agora a gente somente delega e eles (SGE) passam a ser a produção. Passamos ser o tático e estratégico da colocação da estrutura”, explicou França.
Além de instruir os operários, França ressaltou que a Lanik I.S.A. será responsável também por aferir o trabalho realizado para garantir segurança do público na Arena da Baixada quando a estrutura for ativada pelo Atlético e pela G3 United, que é a nova gestora do complexo atleticano.
“Nós iremos aferir os alinhamentos com os equipamentos de precisão que já chegaram para que não haja distorção. Vamos aferir e conferir precisamente a altura e o posicionamento para ver se está tudo realmente perfeito, se tem o nivelamento. Como não é a nossa empresa que fará o serviço, não temos confiabilidade total no trabalho que essa empresa vai fazer. Depois que tudo estiver feito, começarão os nossos ensaios e conferências para atestar a real viabilidade e o nível de segurança”, acrescentou França.
Com pouco mais de um mês para finalizar a instalação do teto retrátil, o diretor-executivo da Lanik I.S.A. destacou que o prazo apertado pode ser comprometido se as chuvas castigarem a capital paranaense a partir de novembro. Entretanto, a empresa, segundo o acordo feito com representantes do Atlético, na semana passada, não se responsabilizou pelo prazo, já que no dia 5 de dezembro o estádio vai receber o Shooto 52 e os ingressos, inclusive, já estão sendo comercializados.
“O único risco neste momento quanto ao prazo é a chuva. Dentro dessa linha de risco, não podemos controlar o impacto do tempo. Se tivermos uma semana de chuva constante, esse prazo de entrega do dia 30 de novembro praticamente se foi. Se torna impossível. Não tem como autorizar nenhum funcionário da Lanik ou de qualquer empresa terceirizada a trabalhar com chuva para garantir a segurança desses trabalhadores”, garantiu.
Demora
César França explicou que os três engenheiros espanhóis só chegaram agora por conta da regularização do visto de trabalho dos profissionais.