Com vantagem, São Paulo joga decisão

São Paulo – Jogo do ano, jogo do semestre, jogo mais importante da temporada até agora. O técnico Muricy Ramalho não gosta de rótulos para as partidas que seu time disputa. Mas que o São Paulo vive uma decisão importante contra o Grêmio, hoje, às 21h45, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, é inegável. Depois da precoce eliminação no Paulistão, a Libertadores passou a ser a única competição disputada no primeiro semestre. E, sem dúvida, a mais importante para torcida e clube.

O São Paulo tem a vantagem do empate – venceu o jogo de ida, na semana passada, por 1 a 0 – para garantir a passagem para as quartas-de-final. Nunca, em 11 participações na Libertadores, o time são-paulino foi eliminado nas oitavas-de-final. Foram cinco confrontos diretos contra times brasileiros em mata-matas. Criciúma, Flamengo e Palmeiras (três vezes) deixaram a competição após enfrentar o Tricolor.

E os próprios jogadores não se cansam de dizer: após o vice-campeonato do ano passado, quando perdeu o título para o Internacional, conquistar a competição continental neste ano virou obrigação.

Três zagueiros

O técnico Muricy Ramalho não confirmou a escalação da equipe. A tendência é que utilize a linha de três zagueiros. O lateral Ilsinho deve sair do time para a entrada do zagueiro André Dias. Dessa forma, o meia Souza seria mais uma vez deslocado para a ala direita. Assim como aconteceu na primeira partida contra os gaúchos, no Morumbi, o atacante Dagoberto, ex-Atlético-PR, irá iniciar o jogo de hoje no banco de reservas.

Tcheco acusa paulistas de falsificar sua assinatura

Uma das estrelas do Grêmio, o meia Tcheco, apimentou a decisão entre as duas equipes pela Libertadores durante uma entrevista à rádio Jovem Pan ontem. Ele declarou que a diretoria do São Paulo falsificou sua assinatura num pré-contrato no fim de 2004, quando ele negociava com o clube e acabou acertando para defender o Santos.

?Não tive como provar porque o papel estava com eles. Eu fiquei como ovelha negra, mas isso são águas passadas?, afirmou Tcheco.

A declaração pode acabar num processo judicial, que a diretoria são-paulina estuda mover contra o jogador.

?Acho que ele deve estar precisando de alguma coisa para se motivar para o jogo. É muito estranho isso tudo justo na véspera da partida?, questionou Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol do São Paulo.

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