O surfista Jesse Mendes teve um ano de aprendizado no Circuito Mundial em 2018. Foi uma temporada que não começou tão bem, mas terminou em grande estilo, com a conquista da Tríplice Coroa Havaiana e a confirmação de sua permanência entre a elite da modalidade para esse ano.
“Eu tive momentos incríveis, principalmente no final do ano, e outros muito ruins, que me deixaram decepcionados comigo mesmo. Mas sei que isso faz parte da carreira, todo surfista passa por isso. Então os planos para esse ano são não ter altos e baixos. Quero manter tudo num nível elevado”, diz.
Na quarta-feira, ele fez sua estreia no Oi Hang Loose Pro Contest, etapa da divisão de acesso do Circuito Mundial que está sendo disputado em Fernando de Noronha, e passou com louvor em sua bateria, tirando inclusive uma nota 9 em um tubo incrível. “Primeira bateria é sempre difícil. Foi a primeira do ano, ainda estou aquecendo, mas consegui uma onda muito boa, tirei uma nota 9 , e isso me deixou mais tranquilo e ajudou a quebrar o gelo”, conta.
Ele superou o catarinense Tomas Hermes, que avançou na segunda posição, e eliminou os brasileiros Lysandro Leandro e Eduardo Motta. Agora, na terceira fase, vai encarar o experiente Jadson André, o português Miguel Blanco, que vem fazendo uma boa competição, e o brasileiro Madson Costa.
Para Jesse, a ideia é usar o aprendizado que teve no último ano. “Com certeza tiro lições. É preciso ficar olhando para as pessoas que estão à sua frente. Aprendo com eles, que ajudam a puxar o nível, e sei que também aprendem comigo. Com certeza o que eles estão fazendo está dando certo, pois eles estão acima no ranking. Acabo olhando e tirando informações”, explica.
Ele garante que o título da Tríplice Coroa Havaiana não mudou seu jeito de ser, mas se orgulha da conquista. “Isso marca a carreira de um atleta, é uma conquista muito grande e de muito prestígio por ser no Havaí e em condições extremas. Muita gente no meio do surfe considera isso um título incrível, pois é muito difícil de acontecer. Não é um título mundial, mas só ocorre uma vez por ano nas condições mais desafiadoras que existem”, lembra.