O primeiro teste do novo esquema tático implementado por Juninho Fonseca, o 4-3-3, provou o que o colombiano Rincón já frisava no dia anterior: a vulnerabilidade da equipe no meio-de-campo. Ontem, no coletivo realizado no Parque Ecológico do Tietê, os titulares perderam para os reservas por 1 a 0 – gol de Samir, que perdeu a vaga para Marcelo Ramos. “A proposta é o Marcelo jogar pelo centro e eu e o Gil atacar pelos flancos, aproveitando a nossa velocidade. Somos praticamente dois pontas”, explica Régis Pitbull.
Porém, tudo saiu errado. Fabinho, Rincón e Adrianinho não deram conta do recado. Os volantes e o meia ficaram sobrecarregados e os atacantes pouco auxiliaram quando o adversário tinha a posse de bola. As rápidas descidas pelas laterais também não fizeram efeito. Presos na defesa, os zagueiros também não tiveram a oportunidade de aparecer à frente como elemento surpresa, como pretendia Juninho. No entanto, o resultado não desagradou o treinador, que confirmou o ousado esquema para o jogo contra a União Barbarense, amanhã à tarde, em Santa Bárbara d?Oeste.
Juninho Fonseca sabe do risco que está correndo. Tanto que enfatizou que para o 4-3-3 funcionar perfeitamente e o Corinthians não sair de campo derrotado, duas coisas são fundamentais: a disposição dos atacantes de ajudar na marcação e a manutenção da posse de bola. “O Gil e o Régis vão jogar abrindo. Porém, num momento de mais dificuldade dentro do jogo eles podem formar o quadrado de novo”, avisa o técnico, que garante que um dos atacantes ficará preso entre os zagueiros adversários.
Se Rincón se mostra cauteloso quanto ao resultado do 4-3-3, o atacante Gil está bastante animado com o novo esquema e com a companhia do estreante Marcelo Ramos no ataque corintiano e aposta que finalmente voltará a ser o jogador de antigamente. “Ele (Marcelo Ramos) serve de referência e tem muita movimentação. Assim, chama a atenção dos marcadores e nós (Gil e Régis Pitbull) ficamos mano a mano com outros defensores”, prevê.