A Conmebol projeta a volta da Supercopa Sul-Americana, torneio disputado nos anos 1990 e que reunia os campeões da Copa Libertadores, para ser um dos critérios de classificação para o Mundial de 2021, que contará com 24 clubes. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por sua vez, é contra a realização de um novo torneio por causa da falta de datas no calendário.
“Quando houve a colocação dessa possibilidade, imediatamente manifestei que não há hipótese de os clubes brasileiros participarem desse torneio. Não temos nenhuma data disponível e não iremos sacrificar as férias e o período de pré-temporada no Brasil”, afirmou o presidente da CBF, Rogério Caboclo.
A Conmebol terá seis vagas para o Mundial de 2021. A ideia da entidade sul-americana é que sejam preenchidas pelos últimos dois campeões da Libertadores e da Copa Sul-Americana, além dos possíveis dois últimos campeões da Supercopa. Ser houver campeão repetido nas competições continentais, seria aberta mais uma vaga pela Supercopa.
Caso o novo torneio seja realmente confirmado pela Conmebol, deverá ser disputado entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021. O formato e sede ainda serão discutidos. A Supercopa reuniria todos os 25 clubes campeões da Libertadores, exceto os que já tiverem uma vaga garantida no Mundial.
As ideias foram apresentadas nesta quinta-feira pelo presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, durante reunião em Assunção que definiu o Maracanã como sede da final da Libertadores de 2020. Qualquer mudança ainda tem de ser aprovada pelo conselho da entidade. A próxima reunião vai ser em 8 de novembro, com os dez presidentes das confederações sul-americanas.
O Mundial de 2021 será realizado entre junho e julho, com sede ainda não confirmada. A Fifa é a organizadora do torneio, mas deixou que cada confederação continental será responsável pelos critérios de classificação.