O Paraná precisa de resultados. Apesar de vencer o Vasco em Paranaguá, o tricolor ainda necessita de vitórias para escapar da zona de rebaixamento, a começar pelo clássico de amanhã, às 20h30, no Pinheirão. E o Coritiba, o que é que tem a ver com isso? O Coxa sabe que o adversário está pressionado, mas se preocupa com a própria pressão – cada jogo é decisivo na recuperação alviverde, que é obrigado a vencer caso queira continuar sonhando com uma vaga na Copa Libertadores.
Os jogadores sabem dessa necessidade, e por isso nem comparam situações. “Não adianta nada a gente jogar no Pinheirão e pensar em um empate. De nossa parte, é fundamental ganhar todos os jogos em casa. E esta é uma partida em Curitiba”, explica o goleiro Fernando. “Temos muito respeito pelo Paraná, mas nem pensamos em outro resultado”, concorda o técnico Antônio Lopes.
Para o Coxa, só as vitórias valem nesse momento do brasileiro – com os três pontos conquistados contra o Grêmio, a diferença para a ?zona da Libertadores? diminuiu de dez para sete pontos. “Tem muitos confrontos diretos, e nós temos que aproveitar isso. É a mesma coisa para o Paraná. Uma vitória no clássico vale muito”, admite Fernando.
E apenas quando se fala nisso é que se confessa a possibilidade de aproveitar a pressão que envolve o tricolor. “Claro que para eles a situação é mais delicada, e se tivermos a oportunidade de explorar um possível nervosismo, vamos fazer”, diz o volante Ataliba. Para o Delegado, entretanto, não se deve pensar nisso. “Isso para mim não importa. O fundamental é trabalharmos bem para conseguir o resultado. Não será um jogo fácil, e é importante que todo o grupo tenha consciência disso”, comenta Antônio Lopes.
Mas ninguém esconde que o clássico ganhou motivação com os bons resultados do meio de semana. “São dois times em alta, de muita qualidade. É uma partida sem favoritos”, afirma o atacante Alemão. Já Roberto Brum coloca o Paraná como favorito. “Eles jogam em casa, conhecem mais o Pinheirão, e têm, inicialmente, maiores chances”, garante.
Para Lopes, favoritismo é outro assunto que não interessa. “Essas coisas não decidem nada. O futebol se resolve no campo, não é o retrospecto anterior que vai definir um resultado”, diz ele. Com ingredientes a mais ou não, o Coxa sabe que só a vitória vale. “Nós precisamos voltar logo ao lugar de onde não deveríamos ter saído, que é o grupo dos primeiros”, resume Roberto Brum.
