Nunca uma seleção fora da lista de favoritas chegou tão segura para uma Copa do Mundo como a Suíça desembarcou no Brasil. Sob as honras de ser cabeça de chave do Grupo E, a seleção europeia trouxe na bagagem a campanha invicta das Eliminatórias, a lembrança de triunfo sobre a Espanha no Mundial passado e em um amistoso diante do Brasil ano passado, além da certeza que aprendeu a atacar. E é justamente apostando em jovens talentosos na frente, casos de Shaqiri e Xhaka, que ela estreia neste domingo, às 13 horas, no estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, diante do Equador.

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O técnico alemão Ottmar Hitzfeld quer mostrar no Brasil o futebol envolvente e para frente que os suíços demonstraram nas Eliminatórias, quando deixaram pelo caminho Noruega e Eslovênia. Tudo para evitar o vexame de 2010, quando caíram na primeira fase ao não conseguir um mísero gol diante da frágil Honduras na rodada final.

Será uma nova Suíça em campo. A promessa é que aquela fama de retranqueira (foi eliminada em 2006 sem sofrer nenhum gol em quatro jogos) já faz parte do passo. “Estou 100% preparado para jogar e para fazer coisas que não estava conseguindo nos amistosos”, garantiu Shaqiri, meia ofensivo de 22 anos e astro da seleção.

Hitzfeld vem utilizando justamente o triunfo por 1 a 0 sobre o Brasil, como arma para motivar seus jogadores. Ele sempre bate na tecla de que superar a melhor campanha do país em Mundiais (as quartas de final) é possível na 10.ª edição da Suíça em Mundiais. Mas como manda o figurino, ele não aceita subestimar o Equador. “Não é por acaso que nenhuma seleção europeia ganhou um Mundial na América do Sul. As equipes daqui são muito fortes”.

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Será um confronto direto pela vaga logo na primeira rodada. Isso porque a França chega empolgada e como candidata maior à primeira colocação. “Essa partida será de seis pontos e não de três para nós”, usou a frase surrada o meia equatoriano Edison Méndez para revelar como estão encarando a estreia.

Eles sabem que um tropeço e o sonho de avançar já ficará comprometido. O veterano jogador, de 35 anos, serve de porta-voz do elenco do Equador. “Esse Mundial será importante para mim e para a seleção. Estamos na terra do futebol, onde se joga muito bem e oxalá possamos fazer um grande torneio”.

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Méndez rasgou elogios à Suíça, mas ressaltou que têm de “roubar” pontos da rival. “É uma grande partida e precisamos dar um passo importante. Nesse jogo não podemos deixar a bola queimar nos pés. Temos de mostrar nossa capacidade”.