Já classificado para as quartas de final do Campeonato Paulista, o Corinthians enfrenta o Red Bull Brasil, nesta quinta-feira, às 17 horas, horário atípico para atletas e torcedores, obrigados a mudar a rotina e, em alguns casos, “criar histórias” para acompanhar a partida no Itaquerão.

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A partida foi marcada em um horário diferente do habitual para não conflitar com o jogo da seleção brasileira, às 20 horas, contra o Uruguai. Isso obrigará alguns torcedores a mudar a rotina e a ter paciência com os horários de pico do trânsito. Foram vendidos 12,5 mil ingressos antecipadamente.

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O advogado Rafael Martarello Santana contou com a sorte. “Sou Fiel Torcedor, mas só vou conseguir ir porque tenho uma audiência na Zona Leste e ficarei por lá. Para sair do jogo vai ser complicado, pois terá muito trânsito”, reclamou.

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O redator publicitário Luis Butti recentemente trabalhou no tour da arena, mas atualmente aguarda a volta ao trabalho. “Moro em Campinas e esse horário de jogo é o pior possível. Só conseguirei porque estou sem trabalho no momento”, explicou o corintiano.

Vale até inventar desculpa para não ir trabalhar ou estudar. Tudo para ver o Corinthians. “Vou falar para o meu chefe que estou doente ou vou inventar uma desculpa qualquer”, contou um torcedor, que pediu para não ser identificado. “Vou ter de fazer isso por causa desse horário esdrúxulo. E vou ter de torcer para a câmera de TV não me flagrar”, brincou.

Carille deve escalar sete jogadores da base: Jô, Léo Príncipe, Pedro Henrique, Arana, Maycon, Pedrinho e Léo Jabá. Marlone, que deve ser trocado por Clayton, do Atlético Mineiro, não foi relacionado.

O treinador recorreu à base por causa dos desfalques. São nove, ao todo. Além de Jadson, suspenso, e de dois atletas nas Eliminatórias da Copa (Fagner, na seleção brasileira, e Romero, na paraguaia), Carille tem seis atletas no departamento médico: Camacho, Matheus Vidotto, Balbuena, Kazim, Marquinhos Gabriel e Giovanni Augusto.

“Nos treinos é que ganhamos nosso espaço. Os jogos são importantes, claro. Mas é nos treinos que nos preparamos. São as nossas oportunidades diárias para mostrarmos que somos capazes para os companheiros, comissão e diretoria”, afirmou o meia Maycon em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira.

Se quiser se afastar da zona de rebaixamento e ainda encostar na briga pela próxima fase no Grupo B, o Red Bull Brasil tentará ampliar a boa fase, pois vem de duas vitórias consecutivas no Campeonato Paulista. A arma dos campineiros pode ser um castigo conhecido popularmente como “lei do ex”.

Nesta temporada o Corinthians sofreu três gols de jogadores que já passaram pelo Parque São Jorge: Alan Mineiro, na derrota por 1 a 0 para a Ferroviária, Claudinho, na derrota por 2 a 0 para o Santo André, e Lucca, no empate por 1 a 1 com a Ponte Preta.

Agora pode ser a vez do atacante Elton, que vestiu a camisa do clube em 2012 e chegou a ser campeão da Copa Libertadores com Tite. O centroavante, porém, não vem como titular absoluto no time de Alberto Valentim e pode ser uma arma para o segundo tempo.

Outro fator fundamental pode ser a “experiência”. Isso porque quatro jogadores do atual elenco estavam na derrota por 4 a 0 para o Corinthians na última temporada, quando caíram na segunda fase do Estadual. São eles: o goleiro Saulo, os volantes Willian Magrão e Nando Carandina, e o atacante Misael. Este, inclusive, pode ser a única mudança em relação ao time que venceu o São Bernardo na última sexta-feira por 2 a 1.

O jogador vinha se recuperando de uma contusão, treinou normalmente durante a semana e pode ganhar mais uma oportunidade. Antes de deixar o time titular ele era a principal peça no meio campo e pode colocar Rodrigo no banco de reservas. No restante todos os jogadores estarão à disposição de Valentim.