Jogo fraco...

Sem qualidade, Paraná Clube e Atlético ficam no 0x0

Júnior e Nikão tentaram, mas os ataques foram muito mal no clássico. Foto: Felipe Rosa

Um jogo que prometia muito, mas que não apresentou tanto. Em período de greve de caminhoneiros, parece que Paraná Clube e Atlético entraram em “greve de gols”, e ficaram no 0x0 no clássico deste domingo (27) na Vila Capanema. O resultado não ajuda em nada os dois times no Campeonato Brasileiro, e faz com que persista o jejum de vitórias da dupla – são oito jogos sem vencer para o Tricolor e nove para o Furacão.

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Não houve surpresa tática no início do jogo. O Paraná marcava e dava campo para o Atlético, e o Furacão trocava passes, inclusive no seu campo de defesa. Iniciando com a posse de bola, os visitantes também tiveram a primeira oportunidade de gol, quando Camacho teve espaço para o chute e assustou Thiago Rodrigues. Apesar de alguns lances mais fortes, o jogo era jogado com lealdade.

Mas os dois times erravam muito nos passes – em parte pela irregularidade do gramado da Vila Capanema. E isso tirava o ritmo do jogo, de um lado porque o Tricolor não conseguia jogar em velocidade e de outro porque o Furacão não impunha seu estilo. A ponto dos donos da casa só terem uma oportunidade mais real aos 22 minutos, quando Leandro Vilela cruzou para Mansur cabecear.

Era já um momento do Paraná no clássico. O Atlético parava na marcação, graças à boa atuação dos volantes tricolores. O resultado era a maior posse de bola, mas com apenas uma finalização a gol. A pressão paranista também não era efetiva pelos erros técnicos. E havia, acima de tudo, um grande receio dos dois times.

Assim, só as falhas criavam possibilidades. Como quando Santos errou e deu a bola nos pés de Silvinho. O atacante rolou para Torito González, que chutou para longe. Logo depois, uma falha da marcação atleticana deixou Neris livre após o escanteio, mas o zagueiro mandou para fora. Na bola parada veio o melhor lance do primeiro tempo. Na jogada ensaiada, Caio Henrique cobrou escanteio e Leandro Vilela apareceu na primeira trave para quase abrir o placar.

A etapa final começou parecida. Paraná esperando, Atlético trocando passes e pouca emoção. A ponto da torcida tricolor, a única no estádio, começar a pedir a entrada de Guilherme Biteco com menos de cinco minutos. Era o que animava o público, que sentiu a queda de rendimento dos dois times.

Para tentar dar qualidade aos donos da casa, Rogério Micale não chamou Biteco, mas sim Carlos Eduardo – outro que voltava após longo tempo de inatividade. Enquanto isso, Caio Henrique, que jogava bem abaixo do esperado, e ainda perdeu uma chance na cara de Santos aos 18 minutos. Quem saiu foi Leandro Vilela, um dos destaques da partida, numa alteração que a torcida não gostou muito.

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Mas quem assustou foi o Atlético, no passe de Lucho que chegou em Nikão dentro da área. Thiago Rodrigues fez a defesa na melhor chance rubro-negra. Era, no entanto, um momento raro de um jogo que tinha ficado fraco. Fruto também do desgaste físico dos dois times – tanto Tricolor quanto Furacão sofrem com problemas de condicionamento, além da temperatura mais quente do horário do jogo.

Na reta final do jogo, o Paraná arriscou mais. E ainda reclamou muito de falta de Zé Ivaldo em Léo Itaperuna dentro da área. Aos 41 minutos, enfim Guilherme Biteco voltou a jogar, após quase um ano afastado. E Fernando Diniz não tinha sequer feito uma alteração. A última chance foi de Caio Henrique, novamente na frente do gol, mandando para fora.

Ficha técnica

BRASILEIRÃO
1° Turno – 7ª Rodada

Paraná Clube 0x0 Atlético

Paraná Clube
Thiago Rodrigues; Júnior, Neris, Cleber Reis e Mansur; Leandro Vilela (Carlos Eduardo), Torito González (Léo Itaperuna), Jhonny Lucas e Caio Henrique; Silvinho (Guilherme Biteco) e Carlos.
Técnico: Rogério Micale

Atlético
Santos; Thiago Heleno, Zé Ivaldo e Wanderson; Matheus Rossetto, Camacho, Lucho González (Bruno Guimarães) e Carleto; Guilherme (Raphael Veiga), Nikão e Pablo.
Técnico: Fernando Diniz

Local: Vila Capanema
Árbitro: Vinicius Gonçalves Dias Araújo (SP)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) e Alex Ang Ribeiro (SP)
Cartões amarelos: Leandro Vilela, Júnior, Neris (PR); Guilherme (PR)
Renda: R$ 196.405,00
Público pagante: 6.446
Público total: 7.450

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