Contratado para ser o novo gerente de futebol do Paraná Clube, o ex-jogador Tcheco, apesar de ter sido revelado pelo próprio Tricolor, tem seu nome ainda muito ligado ao Coritiba. Ídolo alviverde dentro de campo, em 2002 e 2003, antes de se transferir para o futebol árabe, e entre 2010 e 2012, quando se aposentou, o ex-meia, depois de pendurar as chuteiras, seguiu no Coxa para trabalhar como auxiliar-técnico e comandante do time sub-23, cargo que exercia até março deste ano.

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Com seu nome bastante ligado ao Alviverde, Tcheco deve encontrar uma certa resistência por parte do torcedor paranista no seu primeiro trabalho como dirigente de um clube de futebol. Nas redes sociais, alguns torcedores já protestaram quanto a escolha da diretoria. O ex-jogador iniciou sua carreira no futsal do Pinheiros, um dos clubes que deram origem ao Paraná Clube e, no futebol, jogou no Tricolor de 1996 a 1998, mas não agradou e acabou sendo dispensado do clube. Depois de passar pelo extinto Malutrom (atual J. Malucelli) nos anos de 1999 a 2001, o jogador se destacou e chamou a atenção do Coritiba.

Então, Tcheco teve a oportunidade de vestir a camisa do Verdão nos anos de 2002 e 2003, fez grandes jogos e em pouco tempo tornou-se um dos principais jogadores do time coxa-branca na ocasião e caiu nas graças do torcedor, principalmente pelo fato de a equipe naquele ano ter terminado o Brasileirão em quinto lugar e conquistado uma vaga na Libertadores do ano seguinte. Não a toa, Tcheco, na sua despedida quando acertou sua transferência para o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, acabou chorando na entrevista coletiva realizada no Couto Pereira em setembro de 2003.

Depois da passagem pelo futebol árabe, ele voltou ao futebol brasileiro para atuar pelo Santos e depois pelo Grêmio antes de retornar ao Al-Ittihad, em 2007. Na sequência, voltou ao Grêmio em 2008, quando teve sua melhor passagem pelo tricolor gaúcho, e passou discretamente pelo Corinthians em 2010 antes de retornar ao Coritiba em setembro daquela temporada. Dois anos depois, com a camisa alviverde, o meia se despediu dos gramados, mas seguiu nos bastidores do Verdão e agora terá o desafio de, em 2017, como dirigente, ajudar o Paraná a retornar à Primeira Divisão do Brasileirão.

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Orgulho paranista

Apesar da forte ligação com o rival Coritiba, e de ter sido pouco aproveitado no Paraná Clube, Tcheco disse ter um carinho forte pelo Tricolor e que está feliz de voltar. “Estou muito feliz porque fui revelado pelo Paraná, um clube onde iniciei desde o futsal, tenho uma história bonita. Fui campeão desde os juvenis e tudo isso hoje me vem à lembrança porque é a minha vida. São 14 anos de Paraná Clube, então tem toda essa identificação, vivi épocas muito gloriosas, tanto na base quanto no profissional. Estou de volta às minhas raízes, tenho um carinho muito especial pelo Paraná, independente se um dia eu fui dispensado ou não”, disse ele, em entrevista ao GloboEsporte.com

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