Se de um lado o Palmeiras confia na família Scolari e na tradição do treinador de montar elencos unidos, do outro o Boca Juniors também conta com uma família para conduzir o trabalho. Os irmãos gêmeos Barrios Schelotto são os grandes responsáveis pela campanha do time argentino na Copa Libertadores.
O técnico, Guillermo, tem como auxiliar o irmão, Gustavo. Gêmeos idênticos, ambos iniciaram a carreira no Gimnasia y Esgrima, de La Plata, clube em que o pai dos dois, Hugo, foi presidente na década de 1980. Os dois atuaram como meias, mas foi Guillermo quem teve mais destaque na carreira ao ter sido tetracampeão da Libertadores com o Boca Juniors.
Em 2012, os dois irmãos mudaram de profissão, porém mantiveram a parceira. A oportunidade foi dirigir o Lanús. No ano seguinte, ganharam a Copa Sul-Americana. Em 2016, assumiram o comando do clube de La Bombonera.
Se Guillermo é quem dá a palavra final na escolha do time, Gustavo também tem papel importante. O gêmeo menos famoso participa bastante dos treinos do time, acompanha o rendimento dos jogadores e dá sugestões na escalação.
Aliás, contra o Palmeiras nesta quarta-feira será o auxiliar o responsável por comandar a equipe, já que o técnico terá de cumprir suspensão por ter atrasado a entrada do time em campo no jogo da semana passada. Guillermo terá de ficar nas tribunas.
A grande semelhança entre os dois costuma causar confusões entre os jogadores recém-chegados ao Boca Juniors e também nos adversários do clube.
O DNA Schelotto no futebol tem ainda uma nova geração. Após ter um membro da família presidente de clube e os gêmeos com carreira notável no esporte, é a vez de dois sobrinhos de Guillermo e Gustavo – Bautista e Juan – iniciarem na carreira.
Os garotos estão nas categorias de base do Gimnasia y Esgrima. O mais velho é Bautista, de 20 anos. Semanas atrás mostrou aos tios o seu potencial ao fazer um gol no Campeonato Argentino de aspirantes contra o Boca Juniors.