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Com orçamento apertado, presidente do Botafogo culpa agente por saída de zagueiro

O presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, culpou, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, a atuação do agente Jailton Oliveira, que representa o zagueiro Emerson Santos, pela futura saída do atleta do clube – o jogador acertou recentemente sua ida para o Palmeiras, time que defenderá a partir de 2018. O mandatário revelou que negociava com o empresário há um ano e criticou os valores pedidos para a conclusão do acordo financeiro.

“O Botafogo não se arrepende. Desde julho de 2016 está tentando renovar o contrato dele. Ocorre que a Lei Pelé transforma o empresário em ‘dono da festa’. Ele joga com o tempo a favor dele. Tentamos de todas as formas maneiras chegar nele, oferecendo um salário dentro da realidade do clube. Infelizmente, não foi aceito. Em agosto de 2016, oferecemos a ele R$ 120 mil por mês. Quantos jovens na idade dele ganham R$ 120 mil por mês? E ele está deixando de ganhar desde agosto de 2016. É uma conta esquisita. Agora, fruto da ação dos empresários e dessa nefasta Lei Pelé que deixou os clubes numa situação de quase reféns desse tipo de gente”, desabafou o dirigente.

Ao comentar uma entrevista do técnico da equipe, Jair Ventura, após a derrota para o Flamengo, nesta quarta, que eliminou o time da Copa do Brasil, na qual ele lamentou a falta de opções do elenco, Carlos Eduardo Pereira frisou que a atual diretoria não fará investimentos que prejudiquem o plano de saneamento das contas do clube.

“Gostaria de ter podido atender a esse pedido do Jair. Por outro lado, a gente tem um respeito ao controle orçamentário que não dá para esquecer que o Botafogo em dois anos não consegue mudar a sua situação de um devedor de quase R$ 700 milhões. Isso tudo cobra no momento de você contratar e tem reflexo no desempenho do time. Em compensação, pelo montante que investimos, acho que o Botafogo tem um resultado absolutamente fantástico”, avaliou.

No entanto, o presidente botafoguense demonstrou não ter se abalado pela eliminação do time e valorizou a boa campanha na temporada. “Isso faz parte do futebol. Tem horas que o jogo não encaixa ou a gente não consegue transformar em gols a nossa necessidade. Em outros, o jogo é tão equilibrado que um lance fortuito acaba decidindo. Mas mostra que o botafogo está no mesmo patamar de grandes elencos do futebol brasileiro”, finalizou Carlos Eduardo Pereira.

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