É grande a expectativa para a etapa de abertura da 30ª temporada da Stock Car, marcada para este domingo, 29, em Interlagos (SP). A estreia no novo modelo, um carro inspirado na categoria DTM, marca uma nova era na categoria. Desde que foi criada, em 1979, a Stock utilizou outros três tipos de chassi: de Chevrolet Opala, de Chevrolet Omega e o chassi tubular, que levou a carenagem de Vectra (GM), Astra (GM), Bora (Volkswagen), Lancer (Mitsubishi) e 307 (Peugeot).
Dos 32 pilotos em atividade na categoria principal, apenas Chico Serra, da equipe Avallone, teve a chance de guiar todos os modelos. Outra minoria já estava na Stock quando o Omega substituiu o Opala. É o caso de Alceu Feldmann, que em 1999 fez algumas provas da temporada de despedida dos chassis “de fábrica”. Agora, ele parte para sua terceira fase de adaptação na categoria.
Quando decidiu migrar para a Stock Car, em 1999, Alceu que esquecer quase tudo que aprendeu nas pistas de terra para absorver as técnicas das corridas no asfalto. Depois de algumas corridas com o Omega, pegou gosto pela categoria e não saiu mais. É o único piloto em atividade que disputou todas as corridas da Stock Car desde 2000 – 112 ao todo.
Depois, já com a carenagem Vectra, foi companheiro de Chico Serra na WB Motorsport. “Foi uma época de muito trabalho e aprendizado. Toda minha base foi nas pistas de terra e quando vim para a Stock tive que começar do zero. As trocas de carro posteriores foram novas fases de adaptação, pois muda o estilo de pilotagem”, avalia.
Feldmann acredita que o novo carro é o melhor que a categoria já teve. “É um modelo com mais segurança, aderência e que reage melhor aos ajustes. Ao mesmo tempo, exige mais técnica dos pilotos”, destaca o piloto da Boettger. Competições, que disputou o playoff da Stock Car em 2006 e 2008.
Chico Serra, que volta à categoria após um ano de ausência, está feliz com o retorno e comenta sobre as fases de transição: “a Stock Car passou por transformações muito grandes ao logo de todos estes anos e do tempo que estou aqui foi possível que eu corresse com todos os modelos. Corri de 1986 a 1990 com o Chevrolet Opala e quando voltei, em 1996, já era o Omega.
Os dois eram carros de rua adaptados para corrida, então a mudança não foi muito grande, tecnicamente falando. Quando passamos a usar o chassi tubular, em 2000, foi um belo passo, ainda mais com a adoção dos motores V8 no ano seguinte. E agora também, esse carro novo, de uma concepção muito mais moderna e segura, representa uma evolução enorme para a categoria”.