Caberá a um time mesclado entre reservas e titulares a tarefa de manter a invencibilidade de nove jogos oficiais do Corinthians na temporada, neste domingo, às 16 horas, contra o Santos, na Vila Belmiro, pela oitava rodada do Campeonato Paulista.

continua após a publicidade

A tarefa deve ser o mais duro desafio que o time misto do Corinthians terá neste início de temporada porque o Santos vai jogar com o que tem de melhor, incluindo o meia Lucas Lima e o atacante Ricardo Oliveira, convocados na última quinta-feira para os jogos da seleção brasileira contra Uruguai e Paraguai, pelas Eliminatórias da Copa.

continua após a publicidade

O Corinthians joga o clássico com a cabeça no jogo da próxima quarta-feira, contra o Cerro Porteño, pela Libertadores. Por isso, os atletas mais desgastados ganharão descanso. Não será a primeira vez que Tite poupará jogadores do Paulista e, até agora, quem entrou deu conta do recado.

Foi assim nas vitórias contra Capivariano e São Paulo, no Itaquerão, e no empate diante do São Bento, em Sorocaba. O time se comportou bem, foi elogiado por Tite e alguns jogadores acabaram virando titulares. São os casos de Giovanni Augusto, Guilherme e André.

continua após a publicidade

Danilo, que iniciou o ano como titular, agora é reserva. Neste domingo ele estará em campo e ainda ganhou a braçadeira de capitão de Tite. Experiente, terá o papel de segurar a bola no ataque. Com 1,86m, também é peça fundamental nas jogadas áreas.

A força desse Corinthians versão 2016 está no equilíbrio tático da equipe. Mesmo depois da saída de seis titulares (Gil, Ralf, Renato Augusto, Jadson, Malcom e Vagner Love), Tite manteve o esquema 4-1-4-1 e fez com que os jogadores contratados esse ano se encaixassem no estilo seu jogo. A equipe continua forte defensivamente. Nos nove jogos oficiais disputados até aqui, em apenas três a defesa foi vazada.

Neste domingo, a estratégia será a mesma das outras partidas do ano. O time fechará os espaços na defesa e buscará ser eficiente no ataque para não vacilar quando o adversário der alguma brecha. Mesmo se for apenas uma. Das sete vitórias do time na temporada, cinco foram por 1 a 0.

No Santos, a vitória no clássico representa o ponto final em uma semana problemática, marcada por muitos “tumultos extracampo” na definição do técnico Dorival Junior. Rumores sobre um clima ruim entre os jogadores e a diretoria por causa da permanência de Ricardo Oliveira – o jogador queria se transferir para o futebol chinês – e também pelo atraso no pagamento dos direitos de imagem – os pagamentos foram feitos na sexta-feira – deixaram o ambiente intranquilo.

“Existem pessoas que não querem que as coisas fluam”, disse Dorival sem dar detalhes.

Dentro de campo, o Santos terá time completo. O próprio Ricardo Oliveira se recuperou de dores no joelho direito, e treinou normalmente. Seu companheiro será Gabriel; Serginho continua como meia, fazendo a função que era de Marquinhos Gabriel em 2015.

Na defesa, Victor Ferraz deve ficar no banco depois de se recuperar uma lesão muscular na coxa esquerda. Sua última partida foi a final da Copa do Brasil, contra o Palmeiras. “Vamos tentar adivinhar o que o Tite vai fazer e explorar determinadas situações”, diz o treinador.