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Com Melo e irmão de Guga, CBT cria conselho para debater ideias e buscar apoio

Preocupado com a situação financeira atual da Confederação Brasileira de Tênis (CBT), o presidente Rafael Westrupp decidiu buscar ideias e sugestões de empresários para aperfeiçoar a gestão da entidade. Para tanto, criou o chamado Conselho Consultivo, que contará com a presença do duplista Marcelo Melo e do irmão de Gustavo Kuerten, Rafael Kuerten.

Ao todo, o conselho conta com cinco integrantes, que não terão salários ou compensações financeiras. Também não terão poder de decisão ou de veto. Compõem o quadro o próprio Rafael Westrupp, Marcelo Melo, o irmão de Guga, que é presidente do Grupo Guga Kuerten, e mais dois empresários: Rogério Melzi, ex-diretor-presidente da universidade Estácio e atualmente no comando do Hospital Care; e Christian Burgos, CEO da Inner Editora, que publica a revista “Tênis”.

“O Conselho irá se reunir trimestralmente para discutir questões importantes da gestão da entidade, dando suporte em escolhas estratégicas, oferecendo ajuda em desafios específicos e ajustando a estrutura organizacional às necessidades do mercado. A expertise de cada conselheiro, em áreas diversificadas e afins, nos dá a certeza de que a formação deste conselho contribuirá de forma incisiva na entidade e consequentemente no tênis nacional”, apostou Rafael Westrupp.

A primeira reunião aconteceu em julho, em Florianópolis, nova sede da CBT, ainda sem a presença de Marcelo Melo. O campeão de Wimbledon nesta temporada vai passar a compor o grupo a partir da próxima reunião, ainda sem data definida.

“Na primeira reunião, conhecemos os projetos da CBT. Tivemos uma análise bem detalhada dos números, da parte financeira. A receita caiu de forma brusca após um ano olímpico. O que chamou a atenção de todos os conselheiros, pela nossa experiência em negócios, é essa queda. Sabemos o quão difícil é ter uma queda de 15 ou 20% da receita. Agora imagina ficar apenas com 20% da receita que tinha?”, disse Rafael Kuerten, em entrevista ao Estado.

Para o irmão de Guga, as maiores preocupações do conselho neste começo de trabalho são a transição dos tenistas juvenis para o profissional e as próprias contas da CBT. Ele acredita que os conselheiros vão ajudar a entidade a buscar novas fontes de recursos. “Vamos usar do network que temos para tentar trazer novas receitas para a confederação. Agora há uma necessidade de a gente botar todo mundo para pensar e buscar outras receitas. Os conselheiros vão trazer novas oportunidades”, afirmou o empresário.

A preocupação com as contas da CBT se justifica. De 2016 para este ano, a entidade sofreu uma perda de 78% do valor do patrocínio dos Correios, passando de R$ 9 milhões para apenas R$ 2 milhões por ano.

O patrocínio da companhia estatal era a principal fonte de orçamento para a CBT, que tem ainda o repasse de R$ 2,3 milhões anuais do Comitê Olímpico do Brasil (COB), por meio da Lei Agnelo-Piva. A redução do valor repassado pelos Correios trouxe consequências. A entidade demitiu funcionários e mudou sua sede de São Paulo para a capital catarinense para reduzir custos. Além disso, tenistas perderam bolsas mensais de patrocínio da estatal.

Com o Conselho Consultivo, a CBT busca também se aproximar de profissionais de fora da entidade. Nas gestões anteriores, eram comuns críticas quanto ao afastamento da confederação de atletas e treinadores. Atualmente, a CBT conta com o duplista André Sá como presidente da comissão de atletas, que tem voto na Assembleia Geral da entidade.

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