Ainda sob o impacto da perda do atacante Neymar e da demissão do técnico Muricy Ramalho, anunciada nesta sexta-feira pelo Comitê Gestor, o Santos enfrenta o Grêmio, neste sábado, às 16h20, na Vila Belmiro, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro.
Depois de empatar com o Flamengo na estreia, em Brasília, e perder para o Botafogo, em Volta Redonda (RJ), o time entra em campo pressionado pela necessidade de ter de vencer pela primeira vez na competição para não agravar a crise que se instalou no clube. Será o primeiro jogo do Santos em casa e, diante de tudo que aconteceu nesta última semana, a presença do público deve ser pequena.
A equipe será comandada pelo interino Claudinei Oliveira. O treinador de 43 anos está no Santos desde de 2009 e teve como principal conquista o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano, além de três títulos paulistas em categorias diferentes na base. “Assumo o time com a obrigação de fazer o melhor para o Santos. Temos pouco tempo para iniciar o trabalho e então para esse jogo (contra o Grêmio) não vai ter mudança”, disse Claudinei, que afirmou ter recebido carta branca da diretoria para escalar o time da maneira que entendesse ser o melhor.
Após ser apresentado aos jornalistas pelo vice-presidente Odílio Rodrigues, Claudinei foi para o campo e repetiu o treinamento técnico em campo reduzido, o preferido de Muricy Ramalho em sua passagem pela Vila Belmiro, para armar a equipe.
Embora os dirigentes acreditam que com o interino as jovens promessas da base terão mais oportunidades, das três mudanças que ele fez no time, duas são os retornos dos experientes Edu Dracena e Léo nos lugares dos garotos Gustavo Henrique e Émerson Palmieri, respectivamente. A outra foi a troca do argentino Patito Rodriguez por Neílton, que havia marcando na derrota para o Botafogo e será o novo companheiro de ataque de Willian José.
Apesar de estar pressionado para vencer neste sábado, Claudinei se mostrou tranquilo, despreocupado em ser rapidamente substituído. “Sou funcionário do clube e vou colocar em prática a minha filosofia, mas isso não vai acontecer de uma hora pra outra. Quando isso acontecer, acreditamos no sucesso”.
