Em um dia difícil para os velejadores brasileiros, Robert Scheidt foi quem teve o melhor desempenho entre os representantes do País no Mundial da classe Laser, disputado em Sakaiminato, no Japão, e que também é classificatório para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.
Scheidt fechou a quinta-feira na 32ª colocação, muito atrapalhado pelo desempenho na regata de abertura, em que ficou na 27ª posição. Depois, foi o terceiro colocado na segunda disputa. Com isso, acumula 30 pontos perdidos.
“Fiz uma regata ruim e uma boa. Na abertura, tive uma largada difícil. Com isso, não consegui velejar livre e, com vento fraco em uma competição de alto nível, fica complicado recuperar. Paguei um preço alto pelos problemas no início da prova. O importante é que consegui reagir na segunda. Larguei melhor, velejei melhor, e cheguei em terceiro. Foi um dia longo, com muitas bandeiras pretas em função de largadas escapadas. O bom é que amanhã (madrugada desta sexta-feira, pelo horário brasileiro) a previsão é para aumento da velocidade do vento”, contou.
Com seis participações olímpicas no currículo, Scheidt busca se tornar o recordista brasileiro em presenças nos Jogos, com sete. Caso consiga, brigará em Tóquio-2020 pelo seu terceiro ouro olímpico, sendo que já soma cinco medalhas no total.
Porém, para obter a vaga olímpica através do Mundial, Scheidt precisa ficar entre os 18 primeiros colocados, além de ser o melhor representante brasileiro no Mundial. Assim, nesta quinta-feira, só alcançou um dos pré-requisitos, liderando a disputa caseira, que também conta com João Pedro Souto de Oliveira (ele ocupa o 62° lugar, com 45 pontos perdidos), Philipp Grochtmann (71ª posição no geral, com 50) e Bruno Fontes (86°, com 56).
A vaga, porém, só estará assegurada se outro velejador do Brasil for medalhista no evento-teste olímpico em Enoshima, ainda neste ano, ou subir ao pódio no Mundial da Laser em 2020.