Com húngara, francês e italiana, Brasil define equipe de esgrima para a Olimpíada

Já estão definidos os 13 atletas que representarão o Brasil na esgrima nos Jogos Olímpicos do Rio. Entre os nomes, há uma italiana, um francês e uma húngara que só durante o atual ciclo olímpico mudaram suas nacionalidades esportivas para defenderem os donos da casa no Rio-2016. Contando também a espanhola Marta Baeza, serão quatro os “brasileiros de plástico” no time.

Como dono da casa, o Brasil teve direito a oito convites para o Rio-2016, cabendo à Confederação Brasileira de Esgrima (CBE) decidir como distribuí-los. Além disso, o País conseguiu cinco vagas a partir do ranking mundial, sendo duas individuais – Renzo Agresta no sabre e Nathalie Moellhausen na espada – e três pela equipe masculina de Florete. De sexta até a domingo, as vagas em aberto foram nominalmente distribuídas ao longo do Torneio Cidade de Curitiba (PR), último válido para o ranking nacional antes da convocação.

Com o direito de ter 13 atletas no Rio-2016, apenas três a menos que o máximo por país, o Brasil abriu mão de um competidor no sabre masculino (que não tem competição por equipes) e duas no sabre feminino. Assim, Renzo, do Pinheiros, será o único brasileiro entre os homens nessa arma. Entre as mulheres, a única vaga ficou com Marta Baeza, do Paulistano.

No florete masculino, a equipe será formada por Guilherme Toldo (Grêmio Náutico União), Henrique Marques (Pinheiros) e Ghislain Perrier (do Pinheiros, brasileiro adotado criança por um casal francês). O curioso é que Heitor Shimbo, número 51 do ranking mundial, ficou de fora, preterido por Henrique, 137.º do mundo. Henrique ficou na frente no ranking nacional, que levou em consideração seis torneios entre 2015 e 2016, além dos resultados internacionais.

O Brasil também terá equipe completa na espada masculina, com Nicolas Ferreira (Pinheiros), Athos Schwantes (Academia Mestre Kato) e Guilherme Melaragno (Pinheiros). O jovem Alexandre Camargo, de apenas 17 anos, maior revelação da esgrima brasileira neste ciclo olímpico, fica como reserva, uma vez que foi o quarto do ranking.

Na espada feminina, Nathalie, italiana neta de brasileiros, terá como companheiras Rayssa Costa (também do Pinheiros) e a húngara Emese Takacs (Clube Militar do Rio). Campeã mundial júnior em 1997, Takacs, de 38 anos, ficou afastada do Circuito Mundial por quatro anos, entre 2011 e 2015. Casada com um brasileiro, foi naturalizada em 2014 e só no ano passado passou a competir pelo Brasil – antes, já disputava as competições nacionais. Amanda Simeão fica fora apesar de ser a segunda melhor brasileira no ranking mundial, em 63.º lugar.

Por fim, no florete feminino as representantes do Brasil serão Taís Rochel e Bia Bulcão, ambas do Pinheiros. Gabriela Cecchini, de apenas 19 anos, bronze no Mundial Cadete de 2013, chegou a Curitiba como líder do ranking nacional, mas ficará fora da Olimpíada. Ela perdeu a vaga ao ser derrotada na final por Bia. Cada país só pode levar duas atletas no florete feminino porque não haverá disputa por equipes nesta arma entre as mulheres no Rio.

Em Londres, em 2012, o time brasileiro teve só Renzo (22.º), Athos (28.º) e Toldo (32.º). Dos demais 10 classificados para o Rio-2016, só Nathalie não é estreante. Com a equipe italiana, ela ficou em sétimo em Londres. Renzo vai à quarta Olimpíada. Ele atualmente é o 21.º do mundo, enquanto Nathalie aparece em 12.º na espada, como brasileira mais bem classificada.

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