O Paulistão deste ano talvez não tenha sido o melhor campeonato de Rodriguinho, mas foi neste torneio que ele se mostrou mais importante e deixou de ser coadjuvante no Corinthians. O meia assumiu a responsabilidade de ser o cérebro da equipe e, além de ditar o ritmo da equipe, conseguiu marcar gols importantes na campanha do bicampeonato estadual.

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Aos 47 minutos do segundo tempo contra o time do Morumbi, quando o Corinthians parecia eliminado, ele usou a cabeça para manter o time vivo na disputa na vitória por 1 a 0 na arena corintiana no confronto de volta da semifinal. No último domingo, na grande finalíssima da competição, mais uma vez ele mostrou sua estrela e, no primeiro minuto, superou Jailson.

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“Fico muito feliz de estar sendo decisivo em momentos importantes do time. Divido isso com meus companheiros. Todo mundo tem seu momento de protagonista, como fiz gol hoje (domingo), o Cássio pegou pênalti, Maycon fez gol contra o Bragantino… Todo mundo teve seu momento”, comentou o meia, mostrando humildade.

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A mudança do esquema tático, a queda de rendimento e a lesão de Jadson foram fundamentais para que Rodriguinho pudesse brilhar no Campeonato Paulista. No ano passado, ele teve destaque, mas os aplausos foram para Jô, Jadson e Guilherme Arana. Por isso, vencer o Palmeiras fazendo gol teve um gosto especial para o meio-campista.

“Foi incrível o que conseguimos fazer aqui. Nos reerguemos rapidamente depois da derrota (no primeiro jogo). No dia seguinte, todo mundo sabia que teríamos condições de vir aqui e sair com o título. Esse grupo está de parabéns por tudo o que foi feito no torneio. Temos de seguir fortes porque virão muitas batalhas pela frente”, comentou.

Neste ano, tudo mudou. A esperança de ser convocado por Tite para a seleção e a mudança no esquema tático fizeram Rodriguinho crescer em campo e sua participação se tornou fundamental para a evolução do time. Quando ele não estava bem ou era bem marcado, como aconteceu no primeiro jogo da decisão, a equipe não rendia.

“Eu, se enfrentasse o Corinthians, a primeira coisa que faria era marcar o Rodriguinho. É o jogador que faz o time rodar”, disse o técnico Fábio Carille, reforçando a importância do jogador.

A possibilidade de disputar uma Copa do Mundo, algo que parecia inimaginável para o jogador até o começo do ano passado, deu uma motivação extra ao jogador, que admitiu ter ficado frustrado por não ter sido convocado por Tite para os amistosos contra Rússia e Alemanha, os dois últimos testes antes do anúncio oficial dos convocados para a Copa do Mundo.

Entretanto, ele não deixou isso abalá-lo e, mesmo com a decepção de aparecer longe da lista dos que vão para a Rússia, manteve o bom futebol e se tornou o alvo dos adversários, para tentar parar o Corinthians. No primeiro jogo da decisão, por exemplo, o Palmeiras fez uma marcação especial em cima dele e isso ajudou a vencer a partida por 1 a 0.

Com o título do Paulistão, Rodriguinho sobe mais um pouco de patamar e consegue mostrar que também pode ser protagonista. Sorte de Fábio Carille e, quem sabe, de Tite.