Foi uma vitória da persistência. Demorou arrastados 81 minutos de jogo para o Corinthians marcar o gol que definiu o clássico contra o Santos, na noite desta quarta-feira. A chuva, que havia dado um trégua, voltou aos 36 do segundo tempo quando Giovanni Augusto, herói do jogo, definiu o resultado: 1 a 0 no Itaquerão.

continua após a publicidade

O gol foi um retrato do que foi o jogo para o Corinthians: chorado, na base da pressão e de jogada aérea, com desvios de cabeça dentro da área, um de Felipe, outro de Cristian, até a bola cair no pé de Giovanni Augusto, na cara de Vanderlei.

Giovanni Augusto foi o melhor jogador do trio de armadores do Corinthians. E, ao contrário de erro que Vilson havia cometido em um lance muito parecido, ele teve calma para aproveitar o bate rebate na área e “matar” o jogo. Para furar a retranca do Santos, como disse Giovanni, foi necessária muita determinação. Ou insistência, como frisou Guilherme.

O Corinthians, que confirmou sua ascensão no Campeonato Brasileiro (três vitórias consecutivas), foi superior ao Santos, que continua em queda livre (um empate e duas derrotas seguidas). O técnico Dorival Júnior sofre com os desfalques de seus principais jogadores, mas nesta quarta poderia ter sido mais ousado ao invés de abdicar de atacar.

continua após a publicidade

O primeiro tempo foi um espelho das escalações no clássico. Tite repetiu a equipe pelo terceiro jogo consecutivo, apostou no trio de armadores e no apoio dos laterais, principalmente com Fagner. Dorival surpreendeu e montou um time sem atacante. Sua ideia: povoar o meio-campo, forçar o erro do rival e contra-atacar. Não deu certo.

O Corinthians dominou os primeiros 45 minutos e só não abriu o placar por seus próprios erros de finalizações, pelo excesso de bolas áreas (Gustavo Henrique ganhou todas pelo alto) e por pelo menos duas boas defesas de Vanderlei.

continua após a publicidade

Luciano, que tem apoio do técnico Tite, errou feio uma cabeçada após grande jogada de Giovanni Augusto. Ele próprio percebeu que fez uma péssima conclusão e esbravejou, em uma clara demonstração de que a “seca” de gols o incomoda. Não fez nenhum em 2016.

Já o Santos colocou todos os seus jogadores no campo de defesa. O homem mais avançado? Elano, que só havia feito cinco jogos neste ano. Essa estratégia não podia funcionar. Com um time cheio de meio-campistas, recuado e sem velocidade, o Santos não chegou ao gol de Walter, salvo em uma jogada de bola parada após cobrança de escanteio.

No segundo tempo, Dorival tentou corrigir sua escalação e remontou o Santos, com Paulinho e Joel, em uma tentativa de “destravar” sua equipe, mas o Santos continuava com postura defensiva, à espera do bote. Tite também mexeu suas peças e colocou gás novo no time, fator essencial para sua equipe alcançar à vitória e chegar à 3ª colocação, com dez pontos, três atrás do líder Internacional. O Santos continua com 4 pontos.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 1 x 0 SANTOS

CORINTHIANS – Walter; Fagner, Felipe, Vilson e Uendel; Cristian, Bruno Henrique (Rodriguinho), Guilherme, Giovanni Augusto e Marquinhos Gabriel (Lucca); Luciano (André). Técnico: Tite.

SANTOS – Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, David Braz e Zeca; Thiago Maia, Renato, Vitor Bueno, Leo Citadini (Paulinho) e Elano (Joel); Serginho (Maxi Rolón). Técnico: Dorival Júnior.

GOL – Giovanni Augusto, aos 36 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Zeca e Vítor Bueno (Santos).

ÁRBITRO – Leandro Pedro Vuaden (Fifa/RS).

RENDA – R$ 1.460.047,00.

PÚBLICO – 30.187 pagantes.

LOCAL – Estádio Itaquerão, em São Paulo (SP).