O caminho para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, está aberto para os torcedores brasileiros. Muitos deles já estão mobilizados e garantidos para as partidas do próximo Mundial e cientes do investimento a ser feito para realizar esse sonho. Seja qual for a opção escolhida, será necessário desembolsar, no mínimo, cerca de R$ 20 mil para assistir aos jogos em uma das cidades-sede.

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O início na última semana da primeira fase da venda de ingressos promovida pela Fifa abriu mais uma rota para se chegar ao Mundial. Entre 14 de setembro e 12 de outubro, os interessados se inscrevem no site da Fifa para concorrer a este primeiro sorteio de entradas. Porém, quem prefere ter uma garantia maior de bilhetes já conseguiu confirmar presença desde o primeiro semestre, com a comercialização de pacotes de hospitalidade para o torneio.

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Essas duas modalidades oferecem diferentes vantagens. Quem aposta no sorteio, por exemplo, precisa torcer para ser contemplado na escolha aleatória da Fifa para a distribuição das entradas, além de precisar elaborar a própria logística de hospedagem e transporte. Mas pode conseguir montar um roteiro mais em conta.

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Os pacotes de hospitalidade são vendidos no Brasil apenas por cinco agências de turismo autorizadas pela Fifa. De acordo com a categoria escolhida, o consumidor tem a comodidade de unir o ingresso em local nobre nos estádios, em setores com alimentação inclusa, a todo o pacote da viagem, com guia brasileiro, hotel, transporte para os estádios e algumas opções de passeios na cidade.

O valor de pacote mais básico negociado pela Agaxtur, uma das agências autorizadas, é de cerca de R$ 18 mil para sete noites em Moscou, onde haverá 12 jogos. O montante não inclui passagens aéreas e ingressos. Os bilhetes avulsos colocados à venda no site da Fifa variam de cerca de R$ 327 a R$ 3,4 mil, de acordo com o setor dentro da arena e a importância da partida escolhida.

ROTEIROS DIFERENTES – A opção de já sair do Brasil com hotel reservado, ingresso à mão, guia em português e transportes à espera atraiu o empresário Mário Gasparini. Ele já usou o mesmo roteiro em Copas anteriores e garante que o investimento vale a pena. “Quem se arrisca ao tentar comprar no sorteio, pode se dar mal. Acho melhor ir com guia e em grupo pela comodidade. A Rússia é um país com língua estranha, então não adianta dar uma de esperto e tentar ir sozinho”, disse o veterano de quatro Copas. “No Mundial da África do Sul, ter viajado com tudo arrumado me salvou de muitos problemas, principalmente em aeroportos”, lembrou.

O casal Rafael Seizo e Karin Koyama vai encarar a aventura de ir à Copa da Rússia sozinhos. Os dois se casam em abril e adiaram a lua de mel para junho, só para eles poderem viajar e ver juntos o Mundial. “Nós sempre fomos apaixonados por futebol. Eu tive a ideia e como minha noiva até joga futebol, ela topou na hora”, disse Seizo.

Os dois recorreram a uma agência apenas para montar o pacote com as passagens e hotéis na Rússia nas cidades de Moscou e São Petersburgo. Agora torcem para que o sorteio de ingressos os contemple com a presença nos seis jogos pretendidos. “Para nós não importa muito só assistir aos jogos do Brasil. O importante é curtir a Copa do Mundo”, disse Karin. Nas contas dela, como vão ficar cerca de 15 dias na Rússia, o gasto será perto de R$ 30 mil.

O editor de vídeo Fábio Fehr tem um projeto totalmente diferente. Ele será integrante de um grupo de 10 pessoas que tem como plano alugar hospedagem para ficar na Rússia por mais tempo. Ainda vão escolher a cidade. “Vou ficar 30 dias e aproveitar o intervalo de alguns dos jogos para viajar a países próximos, como Finlândia e Lituânia”, disse. O intuito é alugar um apartamento na Rússia, dividir os gastos com o grupo e tentar ver pelo menos quatro partidas. A estimativa é que, com os custos compartilhados, cada um gaste aproximadamente R$ 20 mil durante o período.