Em uma eleição histórica, Paulo Nobre foi reeleito presidente do Palmeiras por mais dois anos. Essa foi a primeira votação da história do clube em que o sócio teve direito de escolher quem seria o próximo mandatário. Com folga, Nobre foi eleito com 2.421 votos contra 1.611 do oposicionista Wlademir Pescarmona. Tiveram ainda, 48 abstenções. A chapa de Paulo Nobre, intitulada Avanti, conta com os mesmos vice-presidentes que estiveram na primeira gestão do dirigente, casos de Maurício Precivalle Galliote, Genaro Marino, Antonino Jesse Ribeiro e Victor Fruges.

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Com a decisão, Nobre tem a oportunidade de reerguer o clube, combalido com a montagem de elencos limitados e com uma situação financeira bastante delicada. O dirigente disse, durante a campanha eleitoral, que, caso fosse reeleito, teria condições de fazer uma gestão muito melhor, tendo em vista que nos últimos dois anos, ele “colocou a casa em ordem”.

A tendência é que, de fato, a situação financeira do clube seja melhor no ano que vem, porque boa parte das receitas que o clube teria para receber nos últimos anos, tinha sido adiantada por gestões anteriores. Nos dois primeiros anos de governo de Nobre, o presidente chegou a usar seu nome para conseguir empréstimos para o clube. No total, o Palmeiras já deve mais de R$ 150 milhões para o dirigente.

O novo mandato de Paulo Nobre tem início no dia 15 de dezembro e vai até o fim de 2016. Uma das primeiras decisões do dirigente é a contratação de um responsável para gerir o futebol do clube. O escolhido para o cargo deve ser Rodrigo Caetano, que trabalhava no Vasco e também era o preferido para assumir o cargo caso Pescarmona fosse eleito.

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Embora tenha dito que a base do atual elenco será utilizada para a próxima temporada, a tendência é que a equipe sofra bastante alterações. O futuro de Dorival Júnior também é incerto. Embora tenha contrato até julho do ano que vem, ao término do Campeonato Brasileiro o treinador já disse que vai colocar o cargo à disposição e conversará com Nobre para saber se permanece ou não.

Apesar de toda preocupação antes da eleição, por causa de protestos das torcidas organizadas, o clima dentro e fora do clube foi bastante tranquilo durante toda votação, que teve início às 10h e terminou às 19h. No lado de fora, muitas faixas e gritos de protesto contra o atual presidente, que decidiu romper com as organizadas após uma confusão na Argentina, quando o goleiro Fernando Prass acabou sendo atingido por estilhaços de uma xícara arremessada por um torcedor.

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