Após abandonar os Jogos Mundiais da ISA (Associação Internacional de Surfe), no Japão, Filipe Toledo revelou sentir dores nas costas e disse que preferiu se poupar para a etapa do Surf Ranch, em uma piscina de ondas, do Circuito Mundial de Surfe. A competição terá início na sexta-feira e Filipinho defende a liderança do ranking da temporada.
Os Jogos Mundiais da ISA, disputado na Praia de Kisakihama, Miyazaki, era pré-requisito para os surfistas interessados em defender seus países nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. O título da competição asiática ficou com o brasileiro Italo Ferreira, que chegou atrasado para o primeiro dia de disputas, na semana passada.
Filipinho deixou a competição com a maior média até aquele momento (16,96) e a segunda melhor nota até o penúltimo dia (9,13), mesmo surfando com dores na região lombar, que já o incomoda desde a etapa de J-Bay, na África do Sul. A decisão de voltar antes foi para ganhar um dia a mais no tratamento na Califórnia.
O atleta não entrou na briga nas fases mais avançadas no Japão para se poupar. “Voltei para manter o meu físico perto dos 100%. Espero que essa pequena lesão seja só um susto”, diz Filipinho. “Gostaria de ter ficado lá para ter ajudado ainda mais o time Brasil na final, mas senti muita dor nas costas e decidi mudar a passagem e voltar para casa para poder tratar essa lesão para o Surf Ranch, que nesse exato momento é prioridade na minha carreira e pode me dar a vaga nas Olimpíadas no ano que vem.”
O atleta já iniciou tratamento intensivo e, apesar do ocorrido, ressalta que o objetivo é competir na oitava etapa do Circuito, na piscina de ondas, em condições de repetir as performances já alcançadas no local. Ele também comentou que o objetivo segue sendo a conquista do título do Circuito – o triunfo o classificaria automaticamente para os Jogos de Tóquio-2020.
“Quero agradecer ao Franz Burini, o doutor do Time Brasil, que estava lá dando todo suporte nesses dias que eu estava sentindo dores, e ao Julio, massoterapeuta do Time Brasil. Agradecer de coração pelo cuidado com os atletas, não só comigo, mas com todos”, acrescentou Filipe. “Agradecer a ISA também pela oportunidade de poder competir e fazer parte desse momento histórico do surfe. Foi bem emocionante poder ver 55 países disputando uma medalha. Nesses momentos que a gente vê como o surfe está crescendo, como é grande”, afirmou.