O Cruzeiro confirmou nesta quarta-feira ter sido excluído do Programa de Modernização da Gestão e Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut). O clube, em nota oficial, explicou ter sido avisado pela Autoridade Pública de Governança do Futebol (Apfut) da decisão e avisou que irá recorrer.

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“O clube foi notificado pela Apfut, de uma exclusão em primeira instância, que não é uma exclusão definitiva, e agora o Cruzeiro terá que se defender administrativamente na plenária da Apfut, em 10 dias. Nós faremos este recurso e mostraremos de forma técnica o que nós entendemos”, explicou o superintendente jurídico do Cruzeiro e integrante do Núcleo Dirigente Transitório, Kris Brettas.

A exclusão se deu pela falta de pagamento de parcelas ao governo para refinanciamento das dívidas fiscais. Além disso, o balanço de 2018 do Cruzeiro, aprovado com ressalvas pelos conselheiros, apontou prejuízo de 21,5%, superior, portanto, ao limite de 10% da receita bruta, estipulado pela Apfut para o período de 2017 e 2018 – ele foi reduzido para 5% a partir do ano passado.

Os dados da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional apontou dívida do Cruzeiro em R$ 261.887.994,79, sendo R$ 253.770.074,73 referentes a tributos e R$ 8.117.920,06 em contribuições previdenciárias. Esse valor, porém, não inclui os reparcelados com o governo federal através do Profut.

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Caso não tenha êxito em evitar a exclusão do Profut, o Cruzeiro ficará sem os benefícios do programa, sendo o principal o parcelamento especial de dívidas com a União. Além disso, as suas receitas podem passar a ser penhoradas e bloqueadas pelo governo federal. O Núcleo Dirigente Transitório usará a mudança na gestão do clube como argumento para reverter a saída do programa de financiamento das dívidas.

“O Cruzeiro passou por um momento conturbado no ano passado e a exclusão ocorre em virtude de uma má administração nesses últimos dois anos, que lesou bastante o Cruzeiro. E a partir de agora está sendo feito um trabalho interno, de levantamento de valores, inclusive para demonstrar que o clube, quando estava adimplente, fez um pagamento maior, para tentar retornar ao Profut. Isso será o caminho da nossa defesa. Vamos mostrar também que o Cruzeiro vive um outro momento, com uma nova gestão”, acrescentou o superintendente jurídico.

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