Enquanto os incêndios florestais seguem ocorrendo em partes da Austrália, os organizadores do Aberto da Austrália explicaram nesta sexta-feira a política definida sobre a qualidade do ar, explicando que ela se baseia em uma análise científica de algo chamado “classificação de partículas finas”, mas também dando aos árbitros do torneio o direito de iniciar ou parar as partidas.
Os organizadores do Aberto da Austrália divulgaram a política nesta sexta-feira, três dias antes do início da chave principal, após reclamações de alguns jogadores que questionaram a realização das partidas do qualifying nesta semana, com a qualidade do ar de Melbourne estando entre as piores do mundo por causa da fumaça vinda de incêndios a cerca de 160 quilômetros a leste da cidade.
Na terça-feira, a eslovena Dalila Jakupovic caiu de joelhos na quadra com um forte ataque de tosse, e o australiano Bernard Tomic pediu atendimento médico porque estava com problemas para respirar.
O comunicado explicou que as medições da qualidade serão feitas diariamente, e as condições serão classificadas em uma escala de 1 a 5, com 1 sendo “boas condições de jogo” e 5 representando um ambiente tão inadequado que suspenderia a competição. Mas mesmo no pior cenário, a suspensão não seria imediata, ocorrendo quando o número de games disputados no set for par ou após a conclusão de um tie-break.
“A qualquer momento o árbitro pode decidir suspender, manter ou retomar o jogo de acordo com esta política e em absoluta discrição, levando em consideração o aconselhamento médico de especialistas no local, visibilidade, mudanças nas previsões das condições climáticas e qualquer outro fator considerado relevante para a avaliação geral da qualidade do ar”.
Nas três quadras com teto retrátil, os jogos serão interrompidos para que sejam cobertas, sendo retomados assim que a qualidade do ar estiver abaixo do nível 5. Quando se decidir pela retomada de uma partida, os tenistas terão 30 minutos para voltar à quadra.