Com bom aproveitamento, Comelli conquista torcida

Há dois meses, Paulo Comelli chegou à Vila Capanema. Como um “bombeiro”, tinha a missão de apagar o incêndio e resgatar o Paraná Clube do abismo. Com um grupo instável, o risco de queda para a Terceirona era real. Treze rodadas depois, o ambiente é outro, o time é outro. Driblando uma série de problemas e promovendo uma reformulação quase que total no elenco, o técnico está a apenas três vitórias do objetivo traçado. “Não ganhamos nada”, avisa o treinador, que se mostra cético quanto à remota possibilidade matemática de acesso à 1.ª divisão.

Paulo Comelli tem hoje, em números absolutos, um aproveitamento de 48,72%. Na sua conta pessoal, porém, o treinador “descarta” as três primeiras derrotas, quando pegou “o bonde andando”, não teve tempo para treinar e tinha à sua disposição um elenco frágil, sob os aspectos técnico e emocional. A ficha da estréia de Comelli no azul, vermelho e branco mostra isso. Do grupo utilizado na derrota para a Ponte Preta, oito já não estão mais no clube. A rigor, “sobreviveram” dois titulares: o zagueiro Daniel Marques e o volante Agenor. “Aquela revolução se fez necessária. Senão, a queda seria inevitável”, confirma Comelli.

Teimoso

Além das seis vitórias (cinco delas no Durival Britto, que voltou a ser um “aliado” do clube), o técnico venceu também a desconfiança do torcedor e dos críticos. Visto como “teimoso” – em especial por não escalar Giuliano como titular -, Comelli entende que tomou as decisões acertadas – e necessárias – para devolver aos atletas a confiança perdida. E, é claro, um estilo de jogo. Enquanto muitos clubes em dificuldade priorizam a defesa e recheiam a equipe de zagueiros, o treinador paranista aposta no 4-4-2, com equilíbrio na defesa e ousadia no ataque.

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