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Com alta nesta semana, Pietro Fittipaldi deve voltar a pilotar em 2 meses

O piloto Pietro Fittipaldi recebeu duas boas notícias dos médicos nesta terça-feira. O neto de Emerson Fittipaldi, bicampeão da Fórmula 1, vai receber alta ainda nesta semana e poderá voltar a pilotar daqui a dois meses. Ele segue internado no Centro Hospitalar da Citadela de Liège, na Bélgica.

O piloto de 21 anos foi encaminhado ao hospital após sofrer grave acidente na sexta-feira, durante os treinos das 6 Horas de Spa-Francorchamps, prova válida pelo Mundial de Endurance (WEC). Seria a estreia do brasileiro na competição.

No tradicional Circuito de Spa-Francorchamps, ele acertou a proteção de pneus em alta velocidade quando perdeu o controle do seu carro, da equipe DragonSpeed, na curva Eau Rouge, uma das mais famosas da F-1, onde os carros superam com facilidade os 300 km/h.

Ele sofreu fraturas nas duas pernas e precisou passar por duas cirurgias no mesmo dia. Após os procedimentos bem-sucedidos, Pietro deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no sábado. Ele terá alta ainda nesta semana e seguirá na sexta-feira para os Estados Unidos, onde fará tratamento em Indianápolis.

“Eu estou muito melhor agora. Eu passei por um susto muito grande, mas já me recuperei bastante e nesta sexta-feira eu irei para Indianápolis, onde estarei com os médicos da Indy, Terry Trammell e Steve Olvey. Eles são bastante experientes em casos de acidentes no automobilismo e já cuidaram do Nelson Piquet, do Tony Kanaan e do meu avô”, afirmou Pietro.

“Os médicos que vão cuidar do meu caso nos Estados Unidos viram as fotos da minha cirurgia e o raio X, então eles acham que a minha recuperação será mais rápida do que estávamos prevendo anteriormente. A minha meta é estar pilotando um carro daqui oito semanas e se possível competir na Indy em Mid-Ohio”, disse o piloto, referindo-se à prova marcada para o dia 29 de julho.

Manifestando-se pela primeira vez desde o acidente, Pietro disse que a principal suspeita de causa do acidente foi um problema eletrônico. “O carro simplesmente apagou todo o sistema hidráulico do volante e ele ficou duro, por isso não consegui virar. Eu estava acima dos 250 km/h e tentei frear, mas infelizmente não foi possível diminuir mais a velocidade e o carro foi reto no muro”, explicou.

Uma das apostas do Brasil para voltar à Fórmula 1, o neto de Emerson Fittipaldi vive grande fase no automobilismo mundial. Atual campeão da Fórmula V8, ele decidiu participar de três categorias neste ano. Além do Mundial de Endurance (WEC), o piloto disputa a Fórmula Indy e a Super Fórmula japonesa.

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