O jogo deste domingo contra o São Bento, às 17h, no Pacaembu, bem poderia servir de último teste para o São Paulo antes do que realmente importa: o duelo da próxima quarta-feira, diante do Talleres, na Argentina, pela fase preliminar da Copa Libertadores. Mas como o próprio Hernanes avisou depois da derrota para o Guarani, na última quinta: “O que tinha para ser testado já foi testado”.
Assim, apesar da necessidade de dar uma resposta à sua torcida após duas derrotas consecutivas que provocaram até reunião entre comissão técnica, jogadores e diretoria, na sexta, o time será preservado pelo técnico André Jardine, que tende a poupar diversos titulares.
A preocupação natural de não perder peças importantes às vésperas do duelo pela Libertadores foi reforçada pelas contusões de Jucilei e Liziero, no último jogo. Ambos sofreram pancadas e tentam se recuperar a tempo da viagem à Argentina.
No meio-campo, a tendência é Hudson e Willian Farias ocuparem as vagas. “Chegou o momento de virarmos esta chave, retomar o caminho das vitórias e entrar bem nesta semana de estreia na Libertadores”, pediu Farias, contratado do Vitória para esta temporada. Ele ainda não estreou pelo São Paulo porque se recuperava de uma pancada na panturrilha esquerda.
Outros candidatos a “folgarem” são os laterais Bruno Peres e Reinaldo, além dos atacantes Everton e Pablo. Todos participaram das quatro partidas disputadas no Paulistão – só o último ainda foi substituído, os demais estiveram em campo durante os 450 minutos jogados.
No clube, nunca foi segredo que o principal objetivo do primeiro semestre era a Libertadores. Se passar pelo Talleres, o clube ainda precisará vencer um segundo confronto eliminatório para confirmar uma vaga na fase de grupos do torneio – vai pegar o vencedor de Palestino ou Independiente Medellín.
“A Libertadores tem um peso gigantesco em todo o interesse do clube. Obviamente são as duas partidas mais importantes que vamos jogar”, disse Jardine, após o jogo contra o Guarani. O treinador, porém, ponderou: “Gostaríamos de ter mais pontos no Paulista. Não vamos descuidar dessa competição”.
PACAEMBU – Com o Morumbi em reformas, o São Paulo vem utilizando o estádio municipal para mandar seus jogos. Segundo o planejamento do clube, o duelo deste domingo será a “despedida”, já que a previsão é de receber partidas em casa a partir do duelo de volta contra o Talleres, dia 13.
Depois de visitar os argentinos na quarta-feira que vem, o time tricolor vai até Campinas encarar a Ponte Preta, no próximo fim de semana. O retrospecto no Pacaembu, contando o duelo com o Santos, no qual era visitante, deixa a desejar: uma vitória e duas derrotas até aqui.
SÃO BENTO – O técnico Marquinhos Santos está sob pressão no comando da equipe porque ainda não venceu neste Paulistão. Além disso, tem uma das piores campanhas da competição. O clube com a pior defesa da competição deve ter novas mudanças no Pacaembu.
Principal destaque da última partida, Tiago Luís deve começar como titular no meio de campo, na vaga de Joãozinho ou Mazola. Já o zagueiro Ewerton Páscoa, expulso contra o Ituano, volta a ficar à disposição e deve retomar a condição de titular.
Como Diego Ivo marcou o gol sorocabano, mesmo ainda sob críticas pelas atuações no início do campeonato, deve ser mantido pelo técnico. Quem deve perder posição é o outro zagueiro. Luizão foi protagonista em um dos lances mais bizarros da temporada, ao recuar uma bola fácil para Henal, que falhou e acabou mandando contra o próprio gol. O goleiro tem uma longa história com o São Bento e chegou a chorar no gramado.
Jogar contra o São Caetano era a oportunidade de Henal retomar a posição de titular, já que Renan jogou nas outras três partidas. Contra o São Paulo, Marquinhos Santos não adiantou, mas é provável que volte a com o experiente goleiro. Lanterna do Grupo B, o São Bento tem a segunda pior campanha da competição, com apenas dois pontos e está na zona de rebaixamento.