O técnico Ricardo Gareca chegou ao Brasil na quarta-feira da semana passada. Neste período, o Palmeiras já fez três jogos, contra Figueirense, Chapecoense e Botafogo, mas em nenhum deles teve contato com os jogadores. Até o momento, os atletas conhecem o treinador do mesmo jeito que a torcida: só a distância.
O atacante Henrique admite que o elenco ainda não conversou com o novo treinador. “Ainda não o conhecemos. Ele não teve contato conosco”, disse o jogador, que mesmo à distância, elogia o novo chefe. “Ele tem acompanhado os nossos jogos de perto e vendo vídeos. Quando assumir em definitivo, terá uma posição muito boa para que possa colocar seu trabalho no Palmeiras e que possamos, o mais rápido possível, encaixar para conseguir os resultados”, projetou.
A postura do treinador, em não ter contato com os jogadores, reforça que ele realmente pretende atuar mais como observador até a paralisação para a Copa do que técnico, de fato. A ideia é acompanhar o trabalho de Alberto Valentim e o desempenho dos atletas, sem interferir no dia-a-dia.
Gareca sequer tem viajado com a equipe. Em dias de jogos, ele viaja ao lado do presidente Paulo Nobre em um avião particular do dirigente, chega ao estádio, assiste ao jogo e já vai embora. Foi assim na vitória contra o Figueirense e nas derrotas para Chapecoense e Botafogo.
Durante os treinamentos, raramente ele dá as caras. A programação do treinador consiste em viajar no domingo até Caxias do Sul, onde o Palmeiras enfrenta o Grêmio. De lá, ele já parte para a Argentina, onde passará alguns dias com a família e resolvendo pendências particulares, e retorna ao Brasil dias antes de começar a Copa do Mundo, assim como o elenco palmeirense.