Com 21 ouros, Brasil fatura Sul-Americano de Atletismo

O Brasil confirmou seu amplo favoritismo e, neste domingo, em Buenos Aires, conquistou mais um título geral do Campeonato Sul-Americano de Atletismo. Com 21 medalhas de ouro, 16 de prata e 14 de bronze (51 no total), o País somou 488 pontos, à frente da Colômbia, que fez 292 e da Argentina, que atingiu 214,5 pontos. A hegemonia brasileira na competição vem desde 1975.

Sob um frio de até 4ºC, o Brasil encerrou sua participação conquistando sete das 13 medalhas de ouro em disputa neste domingo. Destaque para Simone Alves da Silva, que venceu os 10 mil metros com o tempo de 31min59s11. Como a marca supera o índice B da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), a atleta garantiu sua participação nos Jogos Pan-Americanos e no Mundial de Daegu. “Foi uma corrida muito dura por causa do frio, mas resolvi tentar uma boa marca e é a melhor da minha vida”, comemorou Simone.

Outros dois brasileiros conquistaram, neste domingo, índices para o Mundial da Coreia do Sul e para o Pan do México: Caio Oliveira de Sena Bonfim, ambos na marcha atlética de 20 km. Caio, de apenas 20 anos, acabou a prova masculina em quarto, com 1h20min58s, quebrando o recorde brasileiro de pista que já completaria 20 anos no próximo dia 15 e que pertencia a Marcelo Moreira Palma. Os três primeiros da prova deste domingo, porém, foram mais longe, e baixaram o antigo recorde sul-americano.

Na prova feminina, Cisiane Dutra Lopes terminou em quinto lugar e também bateu o recorde brasileiro de pista, com 1h35min49s, superando a marca que Tânia Regina Spindler fez 2009. “Estou com o corpo todo doendo. Sou de Recife e não tenho costume de competir com tanto frio e vento”, lembrou Cisiane ao fim da prova.

Vencedor dos 10 mil metros, Giovani dos Santos também se garantiu no Pan de Guadalajara. “Foi a melhor prova de minha vida, embora eu ainda sinta dificuldades de correr na pista. Antes só corria na rua.”

Para ficar com o ouro no salto com vara, Fábio Gomes da Silva, que treina com Elson Miranda (técnico também de Fabiana Murer) precisou ir ao desempate contra o argentino Germán Chiaraviglio. Venceu com 5,35m, muito abaixo do seu recorde sul-americano, de 5,80m.

Nos revezamentos, o Brasil venceu os 4×100 m masculino e os 4×400 m masculino e feminino. No 4x100m feminino, ficou com a prata, por causa de um erro na primeira passagem do bastão.

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