O Atlético-MG sofreu mais do que devia, mas conseguiu nesta terça-feira a sua classificação à terceira fase preliminar da Copa Libertadores. No estádio Independência, em Belo Horizonte, o time brasileiro abriu três gols de vantagem, mas permitiu uma reação do Danúbio que parou nos 3 a 2 suficientes para garantir a vaga. Na ida, em Montevidéu, na semana passada, os times haviam empatado por 2 a 2.
No próximo mata-mata da Libertadores, que dará uma vaga na fase de grupos, o Atlético-MG terá pela frente o vencedor do duelo entre outro clube uruguaio, o Defensor, contra o Barcelona, do Equador. Na partida de ida, os equatorianos venceram por 2 a 1, em Montevidéu. O resultado, entretanto, se transformou em um 3 a 0 a favor dos uruguaios por conta da escalação irregular do volante Sebastián Pérez. A punição foi divulgada na noite desta segunda-feira pela Conmebol.
Se avançar novamente, desta vez para a fase de grupos, o Atlético-MG entrará na chave que já tem Cerro Porteño (Paraguai), Nacional (Uruguai) e Zamora (Venezuela).
Em campo, o Atlético-MG começou de forma tímida, sem fazer tanta pressão no Danubio. As coisas mudaram somente a partir dos 14 minutos, quando saiu o primeiro gol. O meia Cazares arriscou um chute da entrada da área e o goleiro Cristóforo não conseguiu segurar a bola. Luan aproveitou o rebote e fez de cabeça.
Na sequência, Elias quase marcou o seu segundo, mas chegou atrasado na bola após cruzamento de Luan. Quem não perdeu a sua chance foi Ricardo Oliveira. Aos 23 minutos, o centroavante entrou em velocidade na área e foi derrubado pelo goleiro. Ele mesmo bateu com categoria e ampliou a vantagem atleticana.
Ricardo Oliveira não precisou nem de três minutos para balançar as redes novamente. Após lançamento preciso de Cazares do campo de defesa, o centroavante avançou rapidamente para a área, driblou Cristóforo e bateu rasteiro no canto direito para fazer 3 a 0 no placar.
Até o final do primeiro tempo, o Atlético-MG tinha o jogo nas mãos. Chegou a perder mais uma oportunidade com Chará, mas foi para o intervalo com o gosto amargo de ter sofrido um gol nos acréscimos. Patric fez falta dentro da área em Onetto e Grossmüller não deu chances de defesa para Victor na cobrança.
Para a segunda etapa, o técnico Levir Culpi demonstrou preocupação com o cartão amarelo recebido por Patric no lance do pênalti e colocou Guga na lateral direita. O problema é que o Atlético-MG parou de jogar e o Danúbio se aproveitou para pressionar. Aos 12 minutos, Pablo Siles acertou um forte chute da intermediária e colocou a bola no ângulo direito de Victor para fazer 3 a 2 e por pressão nos brasileiros.
O gol dos uruguaios anestesiou o Atlético-MG por vários minutos. Para sorte dos mineiros, o Danubio buscava as jogadas de ataque de qualquer jeito e pouco fez para buscar o empate que o classificaria. Do outro lado, os contra-ataques ficaram à disposição, mas Chará e Ricardo Oliveira não conseguiram marcar o gol que daria de vez um grande alívio a todos no Independência. Mas a vaga foi garantida.
FICHA TÉCNICA:
ATLÉTICO-MG 3 x 2 DANUBIO-URU
ATLÉTICO-MG – Victor; Patric (Guga), Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; Adilson, Elias (Zé Welison) e Cazares; Chará, Luan (Maicon Bolt) e Ricardo Oliveira. Técnico: Levir Culpi.
DANUBIO-URU – Cristóforo; Sergio Felipe, Renzo Ramírez (Ghan), Goñi e Leandro Sosa; Montes, Pablo Siles, Dennis Olivera (Maicol Ferreira) e Onetto; Grossmüller e Federico Rodríguez (Juan Gutiérrez). Técnico: Marcelo Méndez.
GOLS – Luan, aos 14, Ricardo Oliveira, aos 25 (pênalti) e aos 27, e Grossmüller (pênalti), aos 45 minutos do primeiro tempo; Pablo Siles, aos 12 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS – Elias, Fábio Santos e Patric (Atlético-MG); Maicol Ferreira, Juan Gutiérrez e Dennis Olivera (Danubio-URU).
ÁRBITRO – Patrício Loustau (Fifa/Argentina).
RENDA – R$ 772.179,00.
PÚBLICO – 22.205 torcedores.
LOCAL – Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG).