Colômbia faz mistério e pode alterar time contra Brasil

O mistério tomou conta da concentração colombiana na semana do jogo contra o Brasil. Treinos fechados, jogadores de pouco peso escolhidos para dar entrevistas coletivas e discursos cuidadosos. Tudo para não deixar escapar nenhuma pista do que o técnico José Pekerman pretende fazer, porque é bem possível que ele mexa na formação.

Contra o Uruguai, nas oitavas de final, a surpresa foi a presença do corpulento centroavante Jackson Martinez (1,86 m e 82 quilos) ao lado de Téo Gutierrez. A equipe tinha jogado no 4-2-3-1 nas duas primeiras partidas (na terceira, contra o Japão, Pekerman escalou muitos reservas porque a classificação estava garantida), com Ibarbo ao lado de James Rodríguez e Cuadrado na linha atrás de Téo Gutierrez, mas o treinador resolveu mudar para enfrentar os três zagueiros uruguaios. E Martinez também tinha a missão de colar em Godín nos escanteios a favor da Celeste.

Diante do Brasil a Colômbia deve voltar ao formato inicial, mas o meio-campo pode ter uma nova cara. Uma opção é a entrada de Guarín na vaga que nas duas primeiras rodadas foi de Ibarbo. O jogador da Inter de Milão atua pelo meio (Ibarbo joga aberto), ajuda na marcação e chuta bem. Outra opção é colocar Mejía, um homem mais defensivo que entrou no lugar de Téo Gutierrez na metade do segundo tempo da partida contra o Uruguai. Ele ajudaria Sanchez a proteger a entrada da área, reforçaria a cobertura aos laterais Zuñiga e Armero (que atacam muito e defendem mal) e daria mais liberdade para Aguilar – que tem boa qualidade técnica – ajudar na construção das jogadas.

O atacante que deve sair para o retorno ao esquema do início da Copa é outro mistério. O titular é Téo Gutierrez, que tem agradado pela movimentação que abre espaço para as penetrações de James Rodríguez e Cuadrado. Mas se Pekerman quiser um centroavante mais presente na área escolherá Jackson Martinez – autor de dois gols na vitória por 4 a 1 sobre o Japão.

Qualquer que seja a formação escolhida, o desafio da Colômbia será manter contra os donos da casa a cabeça fria que teve diante do Uruguai. Se conseguir, será um osso duro de roer para os comandados de Felipão. Se voltar aos velhos tempos e se desconcentrar na hora da decisão, sua linda história no Mundial chegará ao fim.

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